07/03/2007

Santana Lopes lembra passagem pelo Governo em debate sobre a memória na política



Pedro Santana Lopes defendeu na passada segunda-feira que a maioria absoluta do Governo de José Sócrates e o momento de relativa estabilidade que se vive ao nível da governação permitem aos portugueses fazerem uma reflexão sobre o estado de Portugal, utilizando para isso a memória.

O ex-primeiro-ministro proferiu estas declarações no debate organizado pelo Clube dos Pensadores sobre o tema "A Memória e a Política", em Gaia.

Para o deputado da Assembleia da República a memória tem "uma função muito útil" na política e os portugueses têm que "distinguir o importante do supérfluo". Mas para isso têm que "tomar notas".

Santana Lopes lembrou exemplos da sua passagem pelo Governo, concluindo que se hoje tivesse que fazer a mesma opção, "haveria um conjunto de situações difíceis em que não voltaria a cair. Seria mais inteligente".

Sem querer abordar muito o futuro, Pedro Santana Lopes foi afirmando que vai continuando a "andar por aí", até porque "acabámos de eleger um Presidente da República, que em princípio fará segundo mandato".

Joaquim Jorge, fundador do Clube dos Pensadores, preferiu reflectir sobre as promessas eleitorais, que "depois caem em saco roto. Os políticos são humildes antes das eleições, mas depois de as vencerem permitem-se a tudo".

O médico Carlos Pereira, o membro da plateia que integrou o painel, preferiu abordar a memória sobre uma perspectiva mais filosófica, referindo que a "memória revive as experiências do passado, o que coloca o indivíduo no seu meio".

Carlos Pereira acabou por protagonizar um dos momentos da noite ao referir que votaria em Pedro Santana Lopes, caso este fosse candidato à Presidência da República.
2007-03-07 18:04:00
TvNet