Mário Russo
Os proprietários dos terrenos da OTA serão a verdadeira razão da decisão faraónica?
Finalmente temos a discussão sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa (NAL) na OTA estampada em jornais e no novel discurso de políticos da oposição. O jornal SOL lança à luz do dia os resultados de um estudo sobre a navegabilidade e lembra problemas graves na sua implantação. Um projecto em que os técnicos especialistas em aeronáutica e de engenharia são contra, tem sustentabilidade retórica autista e arrogante neste governo. O Ministro Mário Lino diz que a localização é irreversível, porque outra localização atrasaria o projecto em 5 anos. Pergunto porquê 5 anos? Porque ele quer? E porque é que vai alienar toda a ANA a um grupo privado? Não é para tornar atractiva a operação OTA, altamente deficitária (e criminosa), através da rentabilização dos outros aeroportos? Então porque é que se está a gastar uma fortuna na modernização e ampliação do actual aeroporto de Lisboa?
Sob o ponto de vista da localização, se alguma dúvida houvesse, basta referir o que é público:
a) - A área de implantação na Ota situa-se numa zona húmida de aluvião na confluência de 3 linhas de água, em pleno leito de cheia, em que os mais recentes estudos apresentados propõem uma barragem de protecção;
b) Um Aeroporto internacional para 30 milhões de passageiros a ser construído sobre uma zona húmida que exigirá a substituição de mais de 50 milhões de m3 de terras, 20 vezes mais que a movimentação de terras necessárias para a construção do maior aeroporto do mundo (equivalente a uma auto-estrada em aterro de 10 metros de altura ligando o Porto a Lisboa), que poderá ficar inoperacional em caso de eventos climáticos extremos possíveis face às condições de localização hidrográfica e a previsíveis efeitos das alterações climáticas;
c) Um aeroporto que não poderá ser ampliado dentro de 13 anos (estudo apresentado pelo SOL), se o fluxo de passageiros o exigir. E por aí fora. Eis o melhor exemplo pedagógico para se demonstrar onde não se pode construir um aeroporto.
O problema não está na não construção dum novo aeroporto para Lisboa, mas na persistência de o construir naquele local. Porque é que as associações ambientalistas se calaram de repente?
O problema não está na engenharia, porque conseguimos construir em qualquer localização, até no mar. Mas a que custos? Quem lucraria com esta irresponsabilidade?
Se não quiserem responder-me, eu fico contente com uma outra resposta, que é a divulgação dos nomes dos proprietários dos terrenos da OTA. Lamento, aliás, que nenhum órgão da imprensa, tão bons a fazerem investigação a apitos dourados, não tenha já publicado estudos sérios sobre a escolha da OTA como localização do NAL e publicado o nome dos “felizes” proprietários dos terrenos.
Poderá, aliás, estar aqui a verdadeira razão de forçar politicamente a localização do NAL para os terrenos da OTA, nem que isso custe enfeudar e comprometer o desenvolvimento do país durante este século. Por isso, fico satisfeito se vir publicada a lista dos proprietários.
Sob o ponto de vista da localização, se alguma dúvida houvesse, basta referir o que é público:
a) - A área de implantação na Ota situa-se numa zona húmida de aluvião na confluência de 3 linhas de água, em pleno leito de cheia, em que os mais recentes estudos apresentados propõem uma barragem de protecção;
b) Um Aeroporto internacional para 30 milhões de passageiros a ser construído sobre uma zona húmida que exigirá a substituição de mais de 50 milhões de m3 de terras, 20 vezes mais que a movimentação de terras necessárias para a construção do maior aeroporto do mundo (equivalente a uma auto-estrada em aterro de 10 metros de altura ligando o Porto a Lisboa), que poderá ficar inoperacional em caso de eventos climáticos extremos possíveis face às condições de localização hidrográfica e a previsíveis efeitos das alterações climáticas;
c) Um aeroporto que não poderá ser ampliado dentro de 13 anos (estudo apresentado pelo SOL), se o fluxo de passageiros o exigir. E por aí fora. Eis o melhor exemplo pedagógico para se demonstrar onde não se pode construir um aeroporto.
O problema não está na não construção dum novo aeroporto para Lisboa, mas na persistência de o construir naquele local. Porque é que as associações ambientalistas se calaram de repente?
O problema não está na engenharia, porque conseguimos construir em qualquer localização, até no mar. Mas a que custos? Quem lucraria com esta irresponsabilidade?
Se não quiserem responder-me, eu fico contente com uma outra resposta, que é a divulgação dos nomes dos proprietários dos terrenos da OTA. Lamento, aliás, que nenhum órgão da imprensa, tão bons a fazerem investigação a apitos dourados, não tenha já publicado estudos sérios sobre a escolha da OTA como localização do NAL e publicado o nome dos “felizes” proprietários dos terrenos.
Poderá, aliás, estar aqui a verdadeira razão de forçar politicamente a localização do NAL para os terrenos da OTA, nem que isso custe enfeudar e comprometer o desenvolvimento do país durante este século. Por isso, fico satisfeito se vir publicada a lista dos proprietários.
engenheiro e membro do clube