RUI RODRIGUES
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A TAP é responsável por cerca de 50 por cento dos voos em Lisboa, sendo as taxas aeroportuárias despesas fixas que têm um peso muito importante no seu orçamento, o que significa que, se um dia a TAP se mudar para a Ota, onde as taxas serão elevadíssimas, vai acontecer exactamente o mesmo que ocorreu à Olympic Airlines e as low cost irão abandonar Lisboa, o que levará ao colapso do turismo da capital.
A Administração da ANA - Aeroportos, para tentar justificar a saturação da Portela e a urgência da construção do novo aeroporto na Ota, tem incentivado a operação das 11 companhias de low cost, com mais três em Julho de 2007, para aumentar o tráfego em Lisboa. Esta estratégia está a ter, como consequência, a redução dos lucros da TAP e a diminuição das receitas por passageiro nas rotas exploradas pelas low cost. A TAP viu-se obrigada a descer os respectivos preços, tentando evitar que os seus aviões fiquem vazios. Outra consequência foi o fim dos leilões virtuais. No site da TAP até é dito: “O reforço das promoções da TAP torna desnecessário o leilão virtual”.
Governo tem duas opções a tomar: ou constrói o aeroporto da Ota e leva a TAP à falência, arrastando 10 mil pessoas para o desemprego, ou cria um aeroporto para as Low Cost e mantém a TAP na Portela dando-lhe, assim, vantagens competitivas.
http://www.maquinistas.org/pdfs_ruirodrigues/tapotafalencia.pdf (duplo clique para ler)