Joaquim Jorge
Já não chegava o estado financiar os sistemas particulares de protecção social ou de cuidados de saúde ,como mais, o aparecimento de situações ilícitas noutros serviços .Há mesmo quem estime que 20 por cento do valor pago aos convencionados será por serviços nunca prestados,ou seja,por uma actividade ficticia. Parabéns à Entidade Reguladora da Saúde que detectou estas anomalias execráveis no lesa todos( quem paga impostos).O modelo das convenções enferma de problemas que, acima de tudo,lesam “os interesses dos utentes”.Um exemplo simples:uma senhora que mora no Algarve, pretendia fazer uma ecografia específica, queixou-se de ficar meses à espera e de ter que ir a Lisboa fazer o referido exame. Sabem porquê? Porque o que o Estado pagava não era atractivo para o convencionado, que ia adiando a realização do exame. Eu penso que isto é um caso de polícia e de falta deontológica miserável. Os médicos não saem bem neste filme.
Não chegando este exemplo, as Misericórdias tem servido de “barrigas de aluguer “ a entidades privadas.A Misericórdia dá o nome,apesar de, na prática o serviço é prestado por uma entidade privada.
Nestes e noutros casos, quem sai prejudicado é o desgraçado do utente,que já não lhe chega estar doente e precisar de cuidados médicos.A corrupção alastra e lastra neste país sem emenda.Eu penso que com esta mentalidade, salve-se quem puder e primeiro eu e depois eu, e só depois vamos ver por especial favor os outros,não poderemos aspirar a ser um pais europeu e limpo.Temos de fazer uma auditoria ao sistema e a todas as entidades de Portugal.Ninguém acredita em ninguém e o descrédito é total.Já agora não há responsáveis? Vão ser penalizados?Meus amigos claro que não,é Portugal no seu melhor...