António Fernandes |
Há dois vetores a ter em conta no comportamento dos
Homens por serem sociologicamente os mais comuns, a saber:
ü O pragmatismo;
ü
A consciência;
Estes dois vetores são de atitude transversal em que
assenta o comportamento comum em sociedade.
O pragmatismo que reporta aos meios que melhor
conduzem aos fins pretendidos.
A consciência que reflete comportamento equilibrado
por sensato e que tem em conta o meio envolvente como condição.
Ora, nos tempos que correm, a condição de
sobrevivência já não é motivo principal, num quotidiano complementar porque se
lute.
O motivo central de luta quotidiana passou a ser o da
melhoria da qualidade de vida que as gerações foram conquistando e legando à
geração seguinte.
Neste contexto, os diversos segmentos das sociedades
organizadas por interesses: de hierarquias, de classe, ou outro, em torno de
interesses comuns, foram eliminando assimetrias, barreiras, e outros fatores de
diferenciação entre as classes sociais; etnias; raças; credos; e outros,
existentes; visando um objetivo claro: o da melhoria das condições de vida das
populações em geral, e do conhecimento em particular, mas que, por
circunstâncias afetas à evolução se generalizou também.
Estas duas condições: de vida, por imperativos óbvios;
e do conhecimento na busca constante de um saber que permita ao Homem
vislumbrar para além de si próprio; tem sido, ao longo dos tempos o mote das
várias correntes do pensamento ideológico. Sendo que por ideológico não é
correto aferir pensamento político-partidário. Até porque a expressão do
pensamento avoluma mais conteúdo filosófico do que qualquer outro.
Esta dinâmica funcional da organização social tem
permitido avanços significativos à espécie Humana desde a sua existência no
Planeta.
Avanços esses, com maior expressão social no período
de transição do século XX para o século XXI, nos domínios antes referidos.
Da dicotomia inicialmente descrita, pragmatismo e
consciência, importa, para o fim à discussão, reportar ao tempo presente. Tempo
em que se questionam mais os Homens do que a sua organização política e social.
Ora, dessa organização, o modelo é o cerne.
E, o modelo, tem nos partidos políticos e demais
agentes sociais, a sua matriz de identidade coletiva.
Uma identidade que não renega o cordão umbilical
porque esse é o embrião genético dessa mesma identidade.
Nesta linha de raciocínio é legítimo tentar perceber o
que leva uma determinada geração a ajuizar ter sido a única a fazer caminho.
Uma condição que legítima o juízo de que uma geração
que assim pensa não tem a mínima noção da responsabilidade social e histórica
do legado transitado.
Um legado que não admite roturas por impossibilidade
de juízo e de senso racional.
Quanto muito, admite novos caminhos. Novas
perspetivas. Novas soluções.
O que tem sido uma condição constante e que terá de
continuar a ser
Porque, todo o legado transitado é intrínseco à
construção dos valores de suporte ao intelecto que cada um dispõe:
ü À memória:
ü Ao passado.
ü Ao presente.
ü Ao futuro!
Desde o Homem das cavernas ao Homem das cidades!
Não compreender esta evidência é não perceber que uma
sociedade para estar organizada tem de ter regras e de que qualquer processo,
revolucionário que seja, também tem as suas regras. E que essas regras
interagem com as regras em vigor que só serão alteradas em circunstância de
ocorrência de processos revolucionários, a seu tempo.
ü É dos livros!
ü
É da História!
ü É um mero exercício de inteligência, nada mais!