António Fernandes |
A classe dominante está culturalmente
ultrapassada em todos os domínios e por isso a sua assimilação mental dos
diversos cenários políticos internacionais e os problemas que afetam as
sociedades e o meio no seu todo, são-lhe de complexa e difícil
assimilação discernimento e produção de ferramentas mentais que resolvam o que
se presume saibam resolver.
Porque, efetivamente, não sabem.
A sua concepção do desenvolvimento social é
nula e por isso mantém visão retrógrada sobre o assunto.
A História tem mostrado essa constatação ao
ponto de estarmos a assistir ao inimaginável cenário de “corrida ao armamento
nuclear “ por parte da maior potência mundial sem pretexto fundado ou sequer
fundamentado que não seja o da falta de capacidade política e discernimento
sobre o que é a negociação internacional, a sua correlação das forças em
presença e a estupidez racional de quem pensa que o mundo se resume a um
Continente que ajuíza estar indefeso perante ameaça externa por si provocada
quando é claro para o mundo que outros Continentes há, esses sim, completamente
indefesos e submissos a interesses geoestratégicos e económicos da potência em
causa, os U.S.A., refém de um dirigente louco com desvios mentais graves
consoante se constata.
Posição que já originou reações internacionais
de Países aliados com um anúncio estranho: o de já existirem ogivas com cargas
nucleares de destruição massiva invisíveis para qualquer sistema de radar.
No plano económico as dinâmicas geradas pelas
contradições que surgem na sequência dos ritmos produtivos e de consumo são um
autêntico quebra cabeças para a classe dominante face a mudanças no meio de
troca que cada vez mais se transforma em meio virtual num mundo cibernético
alojado em plataformas em que, por exemplo, a Venezuela procura solução
económica para combater a crise financeira estrutural interna.
No plano da evolução não percebe rigorosamente
nada sobre o Homem, o meio e as necessidades conjunturais da vida num
Planeta em transformação em que as roturas climáticas; da biodiversidade; do
equilíbrio ambiental sustentado e sustentável; e outras, são o maior
desafio para à Humanidade desde que há memória.
Mas, a classe dominante, gere ainda as receitas
arrecadadas pelos Estados que deixam migalhas para que os governos distribuam
consoante a sua sensibilidade social de acordo com a sua matriz
ideológica sempre sob pressão dos interesses financeiros instalados.
A classe dominante no ativo movimenta-se nos
bastidores do sub mundo da política; nos meandros do crime financeiro
organizado; na bazófia da mácula inocente; no inimaginável cenário da
promiscuidade.
Uma coisa é certa:
- a História tem batalhas que
perde. Aquilo que não perde é a guerra do tempo!
Porque tem o tempo todo à sua mercê.