Depois de o PS ter vencido em Gaia de forma expressiva, beneficiando de uma conjuntura favorável à mudança, com uma pueril austeridade,em que o governo fartou-se de cometer erros antes das eleições autárquicas, anunciando medidas gravosas de mais austeridade.
Naturalmente o PS sairia vencedor, pois tinha tudo a seu favor , porém ganhou mas ficou aquém de uma maioria absoluta. Em função do cenário deveria ter tido a maioria absoluta de votos.
O PSD estava dividido, uns com a direcção do PSD local e outros com Guilherme Aguiar. Depois a oportunidade única,com a saída de Luís Filipe Menezes, o invencível, até concorrer ao Porto.
Tal não aconteceu ficou-se por uma maioria relativa e fez um acordo com Independentes e um vereador do PSD. Não tinha que o fazer, os gaienses não foram ouvidos nem achados nessa solução. Muita gente não apoia o acordo com os Independentes liderado por Guilherme Aguiar, poderia ter feito somente acordo com um vereador do PSD ou governar em minoria.
O começo da governação em Gaia foi normal,tímido e envergonhado: baixar o IMI e o preço da factura da água, todos os novos presidentes de Câmara que estão no cargo pela primeira vez,pelo país fora, baixaram algo ( taxas, impostos, etc.). Era algo prometido em campanha eleitoral e funcionou como porta-estandarte. Fala-se em poupança porém tem mais um vereador ( 9 = 5 PS + 3 Independentes + 1 PSD),do que o anterior executivo de Luís Filipe Menezes ( 8 vereadores PSD)
Porém tarda em corrigir linhas-mestras de actuação. Não se pode alegar que não há dinheiro para fazer uma auditoria às contas da CM Gaia e há dinheiro para manter lugares do anterior executivo incluindo dois vereadores. Não pode haver dinheiro para umas coisas e não haver para outras. Para uma auditoria tem que haver dinheiro, deve-se fazer uma auditoria entendida, como alguém que chega à CM Gaia e quer saber com o que pode contar; o que deve e o que pode fazer. É uma situação, sine qua non, para um desempenho transparente, perceptível e explicável aos cidadãos de Gaia.
Fazer uma auditoria às contas, não é estar contra o anterior executivo, mas a favor do saneamento das contas públicas do executivo de Gaia e do controlo do gasto de dinheiros públicos de uma forma correcta. Gaia tem obra visível, mas chego à conclusão, que tem uma enorme dívida invisível.
Se eu fosse presidente da Câmara queria saber, ao pormenor, as linhas com que me podia coser, daqui para a frente.
Por outro lado, todas as nomeações em fim de mandato seriam exoneradas. A forma como tal aconteceu é deplorável! A CM Gaia não está a saque e não é propriedade do PSD! A CM Gaia é propriedade de todos os gaienses.
Como li, no JN, em que a presidente de Câmara em exercício, Amélia Traça alegou que deu emprego a um sobrinho porque ele tem um filho de 4 anos e ficaria desempregado. É uma desculpa esfarrapada e ofensiva para todos os desempregados de Gaia. Os desempregados em Gaia também têm família para sustentar e dívidas para pagar ( casa, água , luz), infelizmente não têm a sorte de serem familiares de alguém da CM Gaia.
Actualmente em politica não há "estados de graça" e é preciso actuar rapidamente e convincentemente. A noticia hoje no JN em que várias juntas de freguesia de Gaia têm uma divida descomunal gasta em várias actividades, uma delas, a da Afurada, os gastos em fogo-de-artifício é de bradar aos céus.
Ao dar o benefício da dúvida a Eduardo Vítor Rodrigues, fi-lo por ser alguém relativamente jovem , menos de 45 anos, que poderia ser uma lufada de ar fresco.Espero que o ar não fique rapidamente contaminado.
Estarei atento como cidadão de Gaia e cidadão agraciado com medalha de mérito cívico da cidade de Gaia e seu residente há 28 anos.
JJ