10/09/2013

Campanha eleitoral

Não vai haver cobertura da campanha eleitoral autárquica nas televisões. Eu fico espantado, pois já levo com noticias e não noticias de campanha eleitoral vai para um ano,sobre limitação de mandatos, aqui e ali, a presença dos líderes da oposição ( João Semedo, Jerónimo de Sousa , António José Seguro) , assim como do Governo ( Pedro Passos Coelho, Paulo Portas ), e mais alguns, em actividades de campanha autárquica a falar de assuntos nacionais.

Que eu saiba estas eleições são autárquicas e têm como objectivo a eleição local em cada região de um presidente de câmara e presidente de junta , como a assembleia municipal e assembleia de freguesia!

Há aqui qualquer coisa que não bate certo !? O interesse é local e é personalizado, a relevância para mim, é saber o que se passa na minha cidade e na zona onde vivo. Assistir a um debate sobre Lisboa e Sintra, não me interessa e não tem impacto na minha vida quotidiana.

Por mim não faz falta nenhuma e é um alívio. A lei exige que todas as candidaturas , independentemente da sua dimensão ou influência tenham igual tratamento por parte dos órgãos de comunicação social.

Sou a favor da equidade e não estar sujeito aos critérios editoriais para seleccionar informação feita por um director-jornalista ou por quem quer que seja.

Vê-se o que se passa nas televisões em que os comentadores rodam entre eles num circulo de amizade , influência e de Lisboa. Dificilmente alguém consegue entrar. Por se aparecer na televisão não é sinónimo de competência, valor e qualidade.

Mas a questão é mais profunda e tem que ver com o sistema político. Há partidos que não têm razão  de existir .Um partido que não  tenha assento no Parlamento deveria ser obrigado a apresentar um relatório anual de actividades e destacar nas suas acções o seu desempenho. Partido que não o fizesse era extinto. Os partidos ditos pequenos, alguns deles porventura com menos militantes que a obrigatoriedade de 7.500 assinaturas, não podem existir à sombra de uma lei ultrapassada e imutável. Não chega ter em dado momento determinado número de assinaturas, tem que e mostrar serviço, de outro modo não tem razão de ser e acabavam pura e simplesmente.

Um  partido fica para sempre e não pode ter vida somente em períodos eleitorais. Deste modo reduzir-se-ia significativamente o número de partidos ( PSD, CDS, PS, PCP; BE, MRPP, PAN,PND, MPT; MMS, MEP, PPM, PNR,PTP, PPV;POUS, PDA, P.H., etc.) que são em número inusitado para uma país tão pequeno e com uma população à volta de 10 milhões de habitantes.
Por outro lado reduzia drasticamente o período de acções de campanha eleitoral dando oportunidade igual . Por exemplo, 2 meses antes do dia das eleições . Os primeiros trinta dias dando oportunidade às candidaturas independentes em dar-se a conhecer, ideias e sugestões dos partidos . E o último mês em período de campanha eleitoral . Antes deste período seria expressamente proibido todo e qualquer tipo de acção de campanha , sendo punida com coimas elevadas chegando ao ponto de impedir essa candidatura , a quem violar a lei.
 
O assunto estava resolvido , menos ruído de fundo , mais paz e serenidade informativa e descanso para os portugueses.
Estou farto  todos os dias de levar com SMS ,emails , Facebook, telefone, etc.
JJ