Assim aconteceu no chumbo no Tribunal Constitucional este ano , e é bom que se diga e relembre, o ano passado. Agora o Governo , neste caso, o Ministério da Educação não aceita a decisão do colégio arbitral de não fixar serviços mínimos, para o dia 17 de Junho, pois não constitui impossibilidade de se realizar noutra data os exames.
Nuno Crato e este governo ao reagirem de forma leviana a esta decisão mantendo o dia dos exames para o dia 17 . As leis são para se cumprir quer nos sejam favoráveis ou desfavoráveis!
Não passa de uma birra , no fundo, quando acusam os sindicatos de tornarem reféns os alunos, estão a tentar fazer pior , usam os alunos como escudo, contra a sua arrogância democrática e incapacidade de dialogar e perceber o que os professores desejam.
Uma greve quando se executa tem por finalidade causar ao maior transtorno e incómodo , sendo o seu objectivo directo , chamar à atenção , alertar e virar sobre si os holofotes , para a opinião pública perceber e entender o que se passa.
Os professores não querem ser diferentes e ter mais regalias que os outros funcionários públicos. Porém não cabe na cabeça de ninguém , e não perceber, a especificidade desta profissão. Um professor lida com alunos que são seres humanos , irrequietos , jovens, na força da idade , alguns com problemas, etc. Por outro lado o professor com a idade vai envelhecendo , tem menos energia e força física para ter uma carga horária elevadíssima , como se tivesse 20 e tal anos. Por outro lado, ser professor não é só dar aulas , há n actividades que servem de complemento à actividade lectiva , que os professores mais velhos podem fazer e executar. Agora aumentar a carga horária para 40 horas, não é sensato.
Os alunos passaram de reféns , segundo o Governo , para vítimas deste governo, digo eu.
Os alunos são os menos culpados de toda esta confusão , mas são parte interessada em terem professores com capacidade de ensinarem e serem eles próprios.
Este braço-de-ferro entre o governo e os sindicatos, mais parece, uma separação litigiosa em que os alunos são os filhos usados como arremesso. Nesta greve dos professores , os professores sempre amaram e querem o melhor para os seus alunos, são a sua razão de ser e a sua profissão. Esta luta nada tem que ver com alunos , mas sim, organização e politica educativa.
JJ
