Neste sábado, mais de 30 membros do Clube dos Pensadores (CdP)
reuniram-se para apreciar as atividades desenvolvidas no 1º semestre do ano. A
primeira conclusão é que não foram boas, Foram EXCELENTES as atividades
desenvolvidas, culminadas com um debate com o Sociólogo e Professor António
Barreto.
Devo salientar que dois dos membros vieram de Londres e
muitos outros de cidades fora da Área Metropolitana do Porto, que simboliza a
importância dedicada ao Clube.
De facto, tendo sido possível trazer a Gaia duas ministras
do atual governo, Paula Teixeira da Cruz e Assunção Cristas, que facilmente se
incorporaram ao espírito do Clube e propiciaram debates muito ricos, um
Secretário de Estado, Marco Costa, o Prof. Garcia Pereira e a ex-deputada Odete
Santos, culminando com António Barreto a fechar com chave de ouro, pode
considerar-se ter atingido o topo da fasquia em matéria de atividade de
divulgação, cidadania e informação aos cidadãos.
Pelo meio um blog com grande interação com o público,
artigos em jornais pelo fundador Joaquim Jorge, bem como a edição do 3º livro
da saga Clube dos Pensadores que o autor, JJ, apresentou no Porto, Gaia, Viseu
entre outras cidades, podemos concluir que o CdP e o seu fundador estão de boa
saúde e recomenda-se.
Perpassaram muitas ideias para o futuro e o que o CdP poderá
fazer ainda mais do que o que tem feito. Claro que atividades e ideias não
faltaram, mas esbarram com o financiamento e a sua forma de concretização sem
perder a independência que tem hoje, livre de qualquer outro poder que não seja
o hino à liberdade de pensar. Se aceitar um subsídio oficial ficará amarrado a
uma corrente e, nesse dia, perderá o seu élan.
Os portugueses não têm o hábito de participar ativamente das
suas instituições, como acontece em alguns países desenvolvidos. Ora, se a
sociedade pretende continuar a ter uma janela de participação livre e
democrática, como é o caso, tem de participar monetária e ativamente. Tem de
assumir responsabilidades na manutenção financeira, com ideias e trabalho
cívico nas variadas atividades, com o que cada um é capaz de oferecer, e
certamente é muito.
Com efeito, há despesas, de que apenas elenco algumas:
aluguer de sala e de meios para os debates, som e internet, comunicação com os
membros via telefone e mensagens, contactos com a imprensa, despesas com os
convidados, jantar em homenagem e cortesia pela vinda dos convidados
(gratuitamente), entre outras, que têm de ser liquidadas.
Há uma conta aberta na CGD em nome do Clube que os seus
verdadeiros membros podem, e eu diria, devem, contribuir. Se cada um o fizer
com um pouco, não custa tanto a alguns, e em especial a JJ, que tem arcado com
boa e substancial parte do ónus.
Pessoalmente vislumbro que o grande crescimento do CdP vai exigir
a sua organização formal, sem ser jurídica para evitar mais despesas, para
responsabilizar mais outros membros que não apenas o Joaquim Jorge. Todos os
que de facto querem um CdP forte, devem contribuir e o caminho está aberto.
Mário Russo