A propósito da estadia do FMI,BCE,EU
Como todos que querem saber como estar, para onde ir, como caminhar, como pensar, como ouvir, como progredir, como aprender, como actuar, e principalmente como decidir, acredito nalgumas orientações e até nalgumas máximas que balizam o meu comportamento, pensamento e posicionamento.
Uma destas “Máximas” é realmente a que utilizo para dar o título ao texto, a responsabilidade por qualquer vitória, por qualquer derrota e também por qualquer “empate” é sempre de quem dirige, de quem comanda, de quem coordena, de quem tem o poder, de quem, enfim, “DECIDE”. Na história ficam apenas os nomes dos Generais que ganham ou perdem as guerras. Os que morreram, os que lutaram, os que estiveram no terreno, têm, quando muito o direito a serem considerados entre o número de mortos, feridos, prisioneiros ou sobreviventes
Também na vida empresarial são os dirigentes máximos que aparecem como os artífices do sucesso, os responsáveis pela derrocada das organizações. Dos trabalhadores apenas constarão as referências às suas reivindicações no caso dos insucessos, ou à ausência delas no caso contrário.
Não posso, tendo este princípio orientador, desresponsabilizar os dirigentes políticos do nosso (querido, mal tratado e infeliz) País de todas as dificuldades que iremos atravessar nos tempos mais próximos. Digo “iremos” porque apenas aqueles que ficaram sem trabalho, sem saúde, ou sem família estão nesta altura a sentir os amargos efeitos da situação em que Portugal e muitos outros países se encontram.
Tenho contudo uma enormíssima dificuldade, onde estão os GENERAIS? Serão os responsáveis deste governo? serão os responsáveis de governos anteriores? Serão os donos da informação áudio visual? Será este PR?, serão os anteriores PR? Serão os banqueiros e os donos do dinheiro em Portugal? Serão esses mas da Europa? De fora da Europa? Serão os trabalhadores ou os seus dirigentes? Será a Igreja? Quem são os Generais?
Lembro-me frequentemente das tácticas utilizadas, ainda há bem pouco tempo, pelos traficantes de droga para iniciarem os “putos” no consumo dessa desgraça, que pelo que parece, lhes dará prazer e alívio quando a utilizam. Todos sabemos como ofereciam a droga ou a disfarçavam noutros elementos de consumo habitual e menos prejudiciais (como os rebuçados). Depois vinha o vício, acabavam as borlas, apareciam as exigências e a necessidade de consumo a preços elevadíssimos e insuportáveis para os apanhados na ratoeira. Raras eram as vezes em que as vítimas (os dependentes) não eram consideradas culpadas. Raras eram as vezes em que se fazia a justiça de apontar os verdadeiros culpados (os generais destes casos) dessa dependência que começava pelo prazer e bem estar.
Agora quem aponta os distribuidores de droga (os países que sob a manta de caridosos) nos facultavam o crédito para os nossos vícios ( de início até, tal como os rebuçados, a “fundo perdido”), limitando as possibilidades de manutenção de uma independência alimentar (as quotas de produção, os barcos abatidos, as culturas desincentivadas, etc., etc. ) e também industrial, prometendo enviar turistas para gozar o SOL deste cantinho ocidental.
Agora quem aponta os defeitos da democracia dependente do poderio económico estupidamente concentrado e manipulador? Quem aponta os inconvenientes da falta de justiça capaz e de força, resistentes ao gozo e à necessidade de ganhar eleições?
Como vamos conseguir continuar a comprar droga? (capitais para as comodidades excessivas para as nossas capacidades). Como vamos resistir à violenta, desmedida, obscena e ilimitada vontade dos donos do capital, de nos sugar todas as pequeninas e restantes capacidades de sobrevivência? Como vamos sustentar esses abutres que vendo-nos quase a rastejar nos tiram a água em pleno deserto?
Já sei, nesta altura não falta quem saiba identificar, sem qualquer dúvida, os responsáveis!
Já sei, neste momento eles são os salvadores e sem esses “anjos” morreremos de fome e sede!
Já sei, somos uma cambada de tolos que não sabemos nem nos deixamos governar!
Já sei, não há nada a fazer e os culpados são os responsáveis do actual governo!
Pois é, esta é a minha dificuldade, não consigo identificar os GENERAIS!
José Carvalho
Como todos que querem saber como estar, para onde ir, como caminhar, como pensar, como ouvir, como progredir, como aprender, como actuar, e principalmente como decidir, acredito nalgumas orientações e até nalgumas máximas que balizam o meu comportamento, pensamento e posicionamento.
Uma destas “Máximas” é realmente a que utilizo para dar o título ao texto, a responsabilidade por qualquer vitória, por qualquer derrota e também por qualquer “empate” é sempre de quem dirige, de quem comanda, de quem coordena, de quem tem o poder, de quem, enfim, “DECIDE”. Na história ficam apenas os nomes dos Generais que ganham ou perdem as guerras. Os que morreram, os que lutaram, os que estiveram no terreno, têm, quando muito o direito a serem considerados entre o número de mortos, feridos, prisioneiros ou sobreviventes
Também na vida empresarial são os dirigentes máximos que aparecem como os artífices do sucesso, os responsáveis pela derrocada das organizações. Dos trabalhadores apenas constarão as referências às suas reivindicações no caso dos insucessos, ou à ausência delas no caso contrário.
Não posso, tendo este princípio orientador, desresponsabilizar os dirigentes políticos do nosso (querido, mal tratado e infeliz) País de todas as dificuldades que iremos atravessar nos tempos mais próximos. Digo “iremos” porque apenas aqueles que ficaram sem trabalho, sem saúde, ou sem família estão nesta altura a sentir os amargos efeitos da situação em que Portugal e muitos outros países se encontram.
Tenho contudo uma enormíssima dificuldade, onde estão os GENERAIS? Serão os responsáveis deste governo? serão os responsáveis de governos anteriores? Serão os donos da informação áudio visual? Será este PR?, serão os anteriores PR? Serão os banqueiros e os donos do dinheiro em Portugal? Serão esses mas da Europa? De fora da Europa? Serão os trabalhadores ou os seus dirigentes? Será a Igreja? Quem são os Generais?
Lembro-me frequentemente das tácticas utilizadas, ainda há bem pouco tempo, pelos traficantes de droga para iniciarem os “putos” no consumo dessa desgraça, que pelo que parece, lhes dará prazer e alívio quando a utilizam. Todos sabemos como ofereciam a droga ou a disfarçavam noutros elementos de consumo habitual e menos prejudiciais (como os rebuçados). Depois vinha o vício, acabavam as borlas, apareciam as exigências e a necessidade de consumo a preços elevadíssimos e insuportáveis para os apanhados na ratoeira. Raras eram as vezes em que as vítimas (os dependentes) não eram consideradas culpadas. Raras eram as vezes em que se fazia a justiça de apontar os verdadeiros culpados (os generais destes casos) dessa dependência que começava pelo prazer e bem estar.
Agora quem aponta os distribuidores de droga (os países que sob a manta de caridosos) nos facultavam o crédito para os nossos vícios ( de início até, tal como os rebuçados, a “fundo perdido”), limitando as possibilidades de manutenção de uma independência alimentar (as quotas de produção, os barcos abatidos, as culturas desincentivadas, etc., etc. ) e também industrial, prometendo enviar turistas para gozar o SOL deste cantinho ocidental.
Agora quem aponta os defeitos da democracia dependente do poderio económico estupidamente concentrado e manipulador? Quem aponta os inconvenientes da falta de justiça capaz e de força, resistentes ao gozo e à necessidade de ganhar eleições?
Como vamos conseguir continuar a comprar droga? (capitais para as comodidades excessivas para as nossas capacidades). Como vamos resistir à violenta, desmedida, obscena e ilimitada vontade dos donos do capital, de nos sugar todas as pequeninas e restantes capacidades de sobrevivência? Como vamos sustentar esses abutres que vendo-nos quase a rastejar nos tiram a água em pleno deserto?
Já sei, nesta altura não falta quem saiba identificar, sem qualquer dúvida, os responsáveis!
Já sei, neste momento eles são os salvadores e sem esses “anjos” morreremos de fome e sede!
Já sei, somos uma cambada de tolos que não sabemos nem nos deixamos governar!
Já sei, não há nada a fazer e os culpados são os responsáveis do actual governo!
Pois é, esta é a minha dificuldade, não consigo identificar os GENERAIS!
José Carvalho