Governo inclui proibição expressa de qualquer compensação aos cortes salariais aos salários dos trabalhadores das empresas públicas, incluindo benefícios ao agregado familiar.
Todavia também deveria fazê-lo para os deputados da Assembleia da República que tiveram um corte salarial mas aumentaram-se a si próprios nas ajudas de custo, sendo uma compensação encapotada ao corte salarial dos deputados. Quando falo em deputados , falo em presidente da República, primeiro-ministro ,ministros ,gestores públicos , directores -gerais , etc.
Os políticos encontram milhares de fórmulas para aumentar o gasto público e a si próprios.
O problema da democracia é que estamos reféns destes senhores, temos que estar atentos e vigilantes.
Este é um exemplo lamentável que passou despercebido à opinião pública. O Ministro Teixeira dos Santos tem tentado remar contra a maré e José Sócrates deve denunciar esta atrocidade pela falta de exemplo nesta crise.
O lema é sem excepções e sem compensações para todos e não só para alguns pensando nós que é para todos. Como José Sócrates dá indicação de voto aos seus deputados socialistas também o deveria ter feito, nesta situação.
A ideia que se tem da política portuguesa é que vale tudo , desde financiamentos dos partidos , corrupção , etc.
Com José Sócrates percebi que os portugueses aceitam tudo e nada fazem . Este povo não tem emenda . Protesta mas depois recua. Luta contra as SCUT e logo de seguida encomenda o Chip ou a Via Verde. Com José Sócrates, mais na anterior legislatura , apercebi-me que ele consegue fazer o que quer e pouco é contrariado. Os portugueses não têm emenda , povo acabrunhado por esta figura circunspecta , inaudita mas temível.
O boom de autoritarismo provocou um aumento vertiginoso de medo e apatia. O mal dos portugueses é de não dizerem não, ou dizerem não, mas depois recuam.
O dogma de aceitar tudo e tudo aceitar persegue-nos. Parece que somos governados em piloto automático em que o piloto não pára nem reduz a velocidade , não ligando a nenhuma indicação de bordo.
JJ