Mário Russo
Um dia depois de Espanha despachar Portugal do mundial da África do Sul, José Sócrates esteve em grande ao usar a golden share que o governo português detém na PT, impedindo mais uma vitória de Espanha sobre Portugal.
O país estava fadado a ir ao tapete com o jogo dos “patriotas” portugueses que defenderam a posição de Espanha. Os tais empresários que lançam manifestos de portugalidade, são os primeiros mercenários a vender a alma.
A PT não é uma empresa qualquer para a estratégia de Portugal, se é que há alguma. Mas pelo menos, permite que se vislumbre uma vertente do desenvolvimento em que Portugal possa ter uma palavra a dizer num mundo cada vez mais globalizado e ligado pelas telecomunicações.
Ora a VIVO, empresa brasileira detida a meias com a Telefónica espanhola (por erro colossal da parte portuguesa na formação da empresa, que jamais se faz a 50%), é um activo que faz da PT uma empresa com alguma dimensão e potenciadora de desenvolver alta inovação tecnológica no domínio das telecomunicações. Sem ela é um anão.
Por outro lado, os dividendos que a Vivo traz para a PT já representam mais de metade de tudo que o grupo arrecada. A Vivo caminha para se transformar, em pouco tempo, na maior operadora de telemóveis do mundo. Não vale os 7 mil milhões, mas provavelmente mais de 14 mil milhões em relativo curto prazo. Os espanhóis não andam a dormir, ao contrário dos mercenários portugueses.
Bom, mas podem dizer que os accionistas investiram para ganhar. É claro e não estão a perder, até porque sabiam que havia uma golden share, que dava ao governo poderes especiais para defender os interesses do país. Portanto não se podem queixar, já ganharam imenso com a valorização exponencial da empresa, que compraram por tuta e meia, na péssima privatização e continuam a ganhar fortunas.
Sócrates emendou a mão e foi corajoso, não se intimidando diante da investida da armada espanhola, mas agora deve fazer o que se impõe: nacionalizar a PT por imperativos do interesse nacional, porque com os “patriotas” que temos, até a mãe eles vendem.
Em vez de gastar dinheiro mal gasto com obras faraónicas, que tenha lucidez e coragem para fazer o que ninguém imaginaria, que é comprar a maioria do capital da PT e acabar de vez com as pretensões hegemónicas dos espanhóis. Num mundo globalizado, um activo desta natureza é estratégico, logo, tem de ser defendido. Os mais elevados interesses nacionais impõem que se trave esta batalha.
Em tempo de crise é que emergem os heróis. Um país definhado e triste, sem vitórias, precisa de um sinal de que temos liderança e voz e nem são os senhores das Espanhas, nem os arrogantes de Bruxelas que mandam neste território, que um dia os romanos diziam ser habitada por um estranho povo. Que seja.
Pois então, eis a vez de Sócrates de se redimir de tanta trapalhada, fazer de Sertório e derrotar os invasores espanhóis apoiados pelos traidores portugueses.
Um dia depois de Espanha despachar Portugal do mundial da África do Sul, José Sócrates esteve em grande ao usar a golden share que o governo português detém na PT, impedindo mais uma vitória de Espanha sobre Portugal.
O país estava fadado a ir ao tapete com o jogo dos “patriotas” portugueses que defenderam a posição de Espanha. Os tais empresários que lançam manifestos de portugalidade, são os primeiros mercenários a vender a alma.
A PT não é uma empresa qualquer para a estratégia de Portugal, se é que há alguma. Mas pelo menos, permite que se vislumbre uma vertente do desenvolvimento em que Portugal possa ter uma palavra a dizer num mundo cada vez mais globalizado e ligado pelas telecomunicações.
Ora a VIVO, empresa brasileira detida a meias com a Telefónica espanhola (por erro colossal da parte portuguesa na formação da empresa, que jamais se faz a 50%), é um activo que faz da PT uma empresa com alguma dimensão e potenciadora de desenvolver alta inovação tecnológica no domínio das telecomunicações. Sem ela é um anão.
Por outro lado, os dividendos que a Vivo traz para a PT já representam mais de metade de tudo que o grupo arrecada. A Vivo caminha para se transformar, em pouco tempo, na maior operadora de telemóveis do mundo. Não vale os 7 mil milhões, mas provavelmente mais de 14 mil milhões em relativo curto prazo. Os espanhóis não andam a dormir, ao contrário dos mercenários portugueses.
Bom, mas podem dizer que os accionistas investiram para ganhar. É claro e não estão a perder, até porque sabiam que havia uma golden share, que dava ao governo poderes especiais para defender os interesses do país. Portanto não se podem queixar, já ganharam imenso com a valorização exponencial da empresa, que compraram por tuta e meia, na péssima privatização e continuam a ganhar fortunas.
Sócrates emendou a mão e foi corajoso, não se intimidando diante da investida da armada espanhola, mas agora deve fazer o que se impõe: nacionalizar a PT por imperativos do interesse nacional, porque com os “patriotas” que temos, até a mãe eles vendem.
Em vez de gastar dinheiro mal gasto com obras faraónicas, que tenha lucidez e coragem para fazer o que ninguém imaginaria, que é comprar a maioria do capital da PT e acabar de vez com as pretensões hegemónicas dos espanhóis. Num mundo globalizado, um activo desta natureza é estratégico, logo, tem de ser defendido. Os mais elevados interesses nacionais impõem que se trave esta batalha.
Em tempo de crise é que emergem os heróis. Um país definhado e triste, sem vitórias, precisa de um sinal de que temos liderança e voz e nem são os senhores das Espanhas, nem os arrogantes de Bruxelas que mandam neste território, que um dia os romanos diziam ser habitada por um estranho povo. Que seja.
Pois então, eis a vez de Sócrates de se redimir de tanta trapalhada, fazer de Sertório e derrotar os invasores espanhóis apoiados pelos traidores portugueses.