17/07/2010

DEBATE DO ESTADO DA NAÇÃO (2)


Este debate redundou num fracasso total . Estava à espera que José Sócrates vacilasse e fosse às cordas , mas nada disso aconteceu, aguentou-se muito bem. A não presença de Pedro Passos Coelho tira brilho à contenda e disputa. Os portugueses ficam confundidos quem é verdadeiramente a oposição. Paulo Portas ao pedir a demissão de José Sócrates imitou o seu colega espanhol Mariano Rajoy que no dia anterior tinha pedido a demissão de José Luis Zapatero.
O governo tem tido dificuldades em explicar e impor as suas politicas de austeridade , todavia não se vislumbra alternativa viável e duradoura. José Sócrates escusava de invocar os números do Instituto Nacional de Estatística (INE)em que a taxa de pobreza diminui. Toda a gente sabe que é exactamente o contrário e não é preciso estudos nenhuns. Basta falar com as pessoas e ver em nosso redor. Essa é a realidade e não a fantasia.
A questão é que os portugueses ainda não se convenceram que Sócrates está fora de prazo. Querem saber como farão os que para lá querem ir. E, neste debate não se viu nem se ouviu uma única proposta. Quando assim é , algo vai mal.
O governo vai ter um ano e alguns meses de folga. O Presidente da República nos últimos seis meses de mandato não pode dissolver o Parlamento e nos primeiros seis meses de mandato . As eleições são em Janeiro de 2011 e só toma posse mais tarde. Assim terá algum fôlego e depois se verá, mesmo que no Parlamento uma moção de censura seja aprovada o governo continuará em funções , mas não estou a ver alguém arriscar fazê-lo , seria a descredibilização total , um imbróglio e impasse inauditos.
O País está paralisado pelas presidenciais... Entretanto José Sócrates vai ganhando tempo e não é licito que em novas eleições provocadas perca.
A oposição tem que ser melhor e capaz, o PSD tem marcado a agenda política nos últimos tempos mas a partir de agora ,o PS vai retomar a iniciativa mostrando que tem procurado governar e que não o deixam , vulgo Scut, etc.