16/06/2010

MAIS AUSTERIDADE

Joaquim Jorge



A Comissão Europeia pede mais austeridade ao governo para baixar em 2011 o défice para 4,6 cento. Mais cortes , mais restrições , mais apertos. para se cumprir a meta do famigerado défice temos que poupar 2500 milhões de euros. O aumento de todas as taxas do IVA, das sobretaxas do IRS e IRC , os cortes das transferências para as autarquias e a redução de 5 por cento dos vencimentos dos detentores de cargos políticos , não chegam e tem que se incrementar medidas adicionais. Sinceramente não sei onde isto vai parar. Resta-nos esperar para ver até que ponto nos vamos aguentar. Há economistas acham que a receita seria uma baixa selectiva de impostos de forma a permitir o crescimento económico e o emprego.

Deveríamos ter um plano económico global e completo e não medidas avulsas e improvisadas. Precisamos de confiança ,segurança e estabilidade. O controle do défice por lei e que se estabeleça tectos de gastos e endividamento para toda a administração pública . Reestruturar o sistema financeiro para que haja a possibilidade de crédito. Sem crédito não há retoma, riqueza e criação de emprego. Sanear as entidades financeiras que não estão bem , etc.
Numa democracia a oposição tem que ter limites mas um Governo também. Estas mudanças bruscas de critério conforme se está na oposição ou no governo , antes ou depois das eleições têm que acabar . Este pimpão político , PS-PSD , austeridade- crescimento , não se vendo saída para a crise é uma lástima ao ponto que chegamos, com a constante deterioração das coisas e noticias cada vez mais negras. Desgradaçamente o bipartidarismo protagonizado pelo PS e PSD deu nisto e temos que fazer as coisas de outra maneira e se conseguimos sair desta situação. Talvez uma terceira via contra este bloqueio bipartidário . É preciso adoptar de uma vez por todas as medidas económicas necessárias e que não castiguem unicamente os trabalhadores . Todos temos que ser parte da solução e não do problema.