ESQUEMA DE UMA PROPOSTA APRESENTADA NO DIA 13 DE MARÇO, NO ENCONTRO DA SOCIEDADE DE GEOGRAFIA DE LISBOA SOBRE A TRAVESSIA FERROVIÁRIA DO TEJO ; O TGV PARA O PORTO; E O ACESSO FERROVIÁRIO AO NOVO AEROPORTO.
A linha da Gare do Oriente até Alverca tem 4 vias, actualmente todas de bitola ibérica, que são usadas por comboios de longo curso, suburbanos e de mercadorias. Em Alhandra e Vila Franca a linha tem só duas vias e é muito dificil duplica-la à superfície numa extensão de cerca de 8 km.
O que se propõe é que duas das vias da Gare do Oriente a Alverca passem a bitola europeia e que seja estudada uma travessia ferroviária do Tejo a seguir a Alverca, por ponte ou tunel, aproximadamente na direcção do Porto Alto.
Perto do Porto Alto, deverá haver um ponto de encontro ( e talvez uma estação) onde se devem encontrar as linhas de bitola standard para Badajoz, para o novo Aeroporto (devendo esta linha ser prolongada até ao Pinhal Novo) e, uma linha pela margem esquerda do Tejo até perto da Chamisca, que servirá para a futura linha TGV para o Porto.
As linhas de bitola standard previstas neste projecto serão usadas para:
1- Os TGV de Lisboa para Madrid e outros comboios de bitola standard que usem a linha para Badajoz.
2- As navetes saidas da Gare do Oriente para o novo Aeroporto (algumas das quais devem ser prolongadas até ao Pinhal Novo). Estas navetes servirão também, nalguma medida, para o tráfego suburbano. No troço Alverca/Gare do Oriente devem ser previstos suburbanos que circularão só na margem Norte.
3- Para o TGV para o Porto, quando vier a ser construido e que deverá passar perto do Entroncamento, que deverá manter a sua vocação ferroviária. (É de prever, a relativo curto prazo, a passagem a bitola standard da linha da Beira Baixa que, ligada na Guarda à futura linha Aveiro/Vilar Formoso, permitirá o trânsito ferroviário das nossas mercadorias para o centro da Europa sem necessidade de passarem por Madrid).
As actuais linhas de bitola ibérica (incluindo a linha da cintura) pouco ou nada serão perturbadas por estas obras e preve-se que continuem a funcionar como actualmente por um largo periodo (talvez duas décadas). Assim, todos os actuais comboios que passam em Vila Franca, de longo curso, suburbanos e de mercadorias, continuarão em funcionamento como até agora
Actualmente, passam por hora, em Alverca, nas horas de ponta, 6 comboios suburbanos, 4 vindos de Vila Franca e dois que partem de Alverca. Estes últimos serão substituidos por comboios que circularão nas vias de bitola standard, que terão capacidade para mais suburbanos até à gare do Oriente, ou mesmo até Barço de Prata.
NOTA: Esta proposta não é muito diferente da apresentada pelo Eng. Luis Cabral da Silva no encontro promovido pela Ordem dos Engenheiros e pelo LNEC, em 12 de Fevereiro, podendo ser as duas consideradas variantes uma da outra.
DIFICULDADES
Na Gare do Oriente
Na Gare do Oriente, com 8 cais, mas pensada como apeadeiro de luxo e não como estação terminal, é facil passar duas das vias a bitola standard. Mas os comboios não poderão nelas ficar estacionados nem inverter a marcha. Estes comboios ao sair da estação terão, assim, de seguir no mesmo sentido. A solução é prever perto de Braço de Prata, onde há espaço para isso, uma zona onde estes comboios possam estacionar, ser limpos e esperar a hora para reentrar na Gare do Oriente, já em sentido contrário.
Na travessia do Tejo perto de Alverca.
A travessia a seguir a Alverca pode ser feita por ponte, ou por tunel. As duas hipóteses devem ser estudadas. Tecnicamente, nenhuma parece levantar dificuldades de maior, mas há o problema da Reserva Natural do Estuário do Tejo. Numa travessia imediatamente a seguir a Alverca a Reserva é atravessada numa extensão de cerca de 2 km. Na travessia por tunel, é perturbada durante um periodo, mas depois é reconstruida nas condições iniciais. Na travessia por uma ponte prolongada por um viaduto, não se vê que espéciae animais serão prejudicadas. Um viaduto a atravessar a Reserva pode, aliás, proteje-la de ambições imobiliárias.
As opiniões das diferentes associações ambientalistas sobre impactos ambientais das várias hipóteses de travessia ferroviária do Tejo devem desde já ser ouvidas para se saber quais consideram preferiveis.
No caso da travessia por uma ponte a seguir a Alverca ter de ser posta de parte por obrigar a uma travessia da Reserva, a linha pode ganhar cota ainda na margem Norte para, em seguida, entrar no Tejo num trajecto paralelo à margem e passar diante de Alhandra num viaduto com cerca de 15 m, para não perturbar a vida ribeirinha da vila. A seguir a Alhandra, a linha, já sem passar na Reserva, pode virar à direita na Direcção do Porto Alto. O assunto que tem de ser estudado localmente.
António Brotas
O que se propõe é que duas das vias da Gare do Oriente a Alverca passem a bitola europeia e que seja estudada uma travessia ferroviária do Tejo a seguir a Alverca, por ponte ou tunel, aproximadamente na direcção do Porto Alto.
Perto do Porto Alto, deverá haver um ponto de encontro ( e talvez uma estação) onde se devem encontrar as linhas de bitola standard para Badajoz, para o novo Aeroporto (devendo esta linha ser prolongada até ao Pinhal Novo) e, uma linha pela margem esquerda do Tejo até perto da Chamisca, que servirá para a futura linha TGV para o Porto.
As linhas de bitola standard previstas neste projecto serão usadas para:
1- Os TGV de Lisboa para Madrid e outros comboios de bitola standard que usem a linha para Badajoz.
2- As navetes saidas da Gare do Oriente para o novo Aeroporto (algumas das quais devem ser prolongadas até ao Pinhal Novo). Estas navetes servirão também, nalguma medida, para o tráfego suburbano. No troço Alverca/Gare do Oriente devem ser previstos suburbanos que circularão só na margem Norte.
3- Para o TGV para o Porto, quando vier a ser construido e que deverá passar perto do Entroncamento, que deverá manter a sua vocação ferroviária. (É de prever, a relativo curto prazo, a passagem a bitola standard da linha da Beira Baixa que, ligada na Guarda à futura linha Aveiro/Vilar Formoso, permitirá o trânsito ferroviário das nossas mercadorias para o centro da Europa sem necessidade de passarem por Madrid).
As actuais linhas de bitola ibérica (incluindo a linha da cintura) pouco ou nada serão perturbadas por estas obras e preve-se que continuem a funcionar como actualmente por um largo periodo (talvez duas décadas). Assim, todos os actuais comboios que passam em Vila Franca, de longo curso, suburbanos e de mercadorias, continuarão em funcionamento como até agora
Actualmente, passam por hora, em Alverca, nas horas de ponta, 6 comboios suburbanos, 4 vindos de Vila Franca e dois que partem de Alverca. Estes últimos serão substituidos por comboios que circularão nas vias de bitola standard, que terão capacidade para mais suburbanos até à gare do Oriente, ou mesmo até Barço de Prata.
NOTA: Esta proposta não é muito diferente da apresentada pelo Eng. Luis Cabral da Silva no encontro promovido pela Ordem dos Engenheiros e pelo LNEC, em 12 de Fevereiro, podendo ser as duas consideradas variantes uma da outra.
DIFICULDADES
Na Gare do Oriente
Na Gare do Oriente, com 8 cais, mas pensada como apeadeiro de luxo e não como estação terminal, é facil passar duas das vias a bitola standard. Mas os comboios não poderão nelas ficar estacionados nem inverter a marcha. Estes comboios ao sair da estação terão, assim, de seguir no mesmo sentido. A solução é prever perto de Braço de Prata, onde há espaço para isso, uma zona onde estes comboios possam estacionar, ser limpos e esperar a hora para reentrar na Gare do Oriente, já em sentido contrário.
Na travessia do Tejo perto de Alverca.
A travessia a seguir a Alverca pode ser feita por ponte, ou por tunel. As duas hipóteses devem ser estudadas. Tecnicamente, nenhuma parece levantar dificuldades de maior, mas há o problema da Reserva Natural do Estuário do Tejo. Numa travessia imediatamente a seguir a Alverca a Reserva é atravessada numa extensão de cerca de 2 km. Na travessia por tunel, é perturbada durante um periodo, mas depois é reconstruida nas condições iniciais. Na travessia por uma ponte prolongada por um viaduto, não se vê que espéciae animais serão prejudicadas. Um viaduto a atravessar a Reserva pode, aliás, proteje-la de ambições imobiliárias.
As opiniões das diferentes associações ambientalistas sobre impactos ambientais das várias hipóteses de travessia ferroviária do Tejo devem desde já ser ouvidas para se saber quais consideram preferiveis.
No caso da travessia por uma ponte a seguir a Alverca ter de ser posta de parte por obrigar a uma travessia da Reserva, a linha pode ganhar cota ainda na margem Norte para, em seguida, entrar no Tejo num trajecto paralelo à margem e passar diante de Alhandra num viaduto com cerca de 15 m, para não perturbar a vida ribeirinha da vila. A seguir a Alhandra, a linha, já sem passar na Reserva, pode virar à direita na Direcção do Porto Alto. O assunto que tem de ser estudado localmente.
António Brotas