28/03/2008

DIÁRIO ECONÓMICO




Nacional - Sociedade

Carvalho da Silva como convidado especial 2008-03-28 19:45

Clube dos Pensadores realiza debate sobre ‘Trabalho e Sindicalismo’


O Clube dos Pensadores anunciou hoje que vai realizar na segunda-feira, dia 7 de Abril, um debate dedicado ao tema: ‘Trabalho e Sindicalismo em tempo de globalização’ que contará com a presença do convidado especial Carvalho da Silva, bem como, com o fundador do Clube, Joaquim Jorge.

Tiago Silva

O debate será realizado em Gaia, no Hotel Holiday Inn, no dia 7 de Abril, com início agendado para as 21h30.

O debate, que antecede as manifestações de 15 e 16 de Abril no Porto e em Lisboa, contará com a presença de Carvalho da Silva (doutorado em Trabalho e Sindicalismo e líder da CGTP), como convidado especial; Joaquim Jorge (biólogo e fundador do Clube, que delineou e programou o debate) como convidado permanente; João Luís (jornalista e director do semanário ‘Vida Económica’) como convidado específico; e José Carvalho (engenheiro e membro do Clube) convidado da sociedade civil.

Em comunicado emitido, o fundador do Clube considera que “Portugal assenta o seu desenvolvimento no definhamento de quem trabalha e no enriquecimento dos grupos dominantes. Existe o preconceito contra os funcionários públicos, sendo o braço visível das políticas públicas, onde se repercute o peso e lentidão da burocracia”.

“O desprezo nunca visto pelas pessoas cujo os direitos são imolados sem piedade a favor de um darwinismo económico. A eugenia também se pratica quando os funcionários não têm direito a estarem e a serem doentes. O sindicalismo não é anacrónico. Os sindicatos têm que ser uma âncora social e uma fonte criadora de impulsos na consciência crítica activa. Alertar e influenciar decididamente os decisores com as suas propostas e reivindicações”, revela Joaquim Jorge.

“Lutar contra a precariedade em que os funcionários não contam com: enquadramento legal, inscrição na segurança social, contratos e sem recibos verdes; tornando-os em vítimas da flexibilização e desregularização. Ou seja, em desempregados. Existe uma perda de influência dos sindicatos, e verifica-se a sua fragilização, alegando-se que são um bloqueio à mudança. Uma greve ou uma manifestação não são formas ultrapassadas, que não se justificam na nova ordem social e que não fazem sentido. Protestar não é necessariamente sinónimo de perda de privilégios mas que se faça justiça”, considera o fundador.

“Além de um desemprego elevado, a situação portuguesa é caracterizada por um elevado volume de economia subterrânea, uma alta precariedade, um baixo grau de efectividade das normas do trabalho e uma contratação colectiva, cujas dificuldades se vão agravar com o novo Código de Trabalho”, conclui Joaquim Jorge.

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