19/08/2020

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27/06/2019

FIM



Noticias do término do Clube





PUBLICO.PT
Espaço de debate político durou 14 anos e realizou cerca de 130 encontros.










Porto, 27 jun 2019 (Lusa) - O Clube dos Pensadores, responsável pela realização de perto de 130 debates com figuras como Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa ou Rui Rio, chega agora ao fim, depois de quase 14 anos de atividade, anunciou o fundador.

Clube dos Pensadores chega ao fim





O Clube dos Pensadores (CdP) que se iniciou em Março de 2006, chega agora ao fim. Realizou ao longo de quase 14 anos perto de 130 debates.

A intervenção do CdP passou pelos debates, blogue aberto aos cidadãos, palestras, publicação de livros, artigos de opinião, comentário e análise política. 

Na altura havia um défice de debate público, hoje em dia há debates para todos os gostos e feitios, deste modo, já não se justifica a sua existência. Quando se iniciou havia uma enorme sede de participação dos cidadãos.

O CdP procurou cumprir ao que se propôs: reivindicar o valor da conversação, do debate de ideias e da diversidade de opinião na presença das pessoas, sendo um espaço aberto e de reflexão como essência da democracia. 

O CdP sempre lutou contra o desinteresse na política, pela aproximação entre os cidadãos e a política, procurando fazer ver que as pessoas queriam uma relação diferente com a política e os políticos.

É preciso repensar o país, a forma de fazer política e o próprio regime. A abstenção é alarmante e é um dos calcanhares de Aquiles do nosso regime, a que não é alheio todos os casos de corrupção.

Ao longo destes anos passaram pelo CdP figuras ligadas  à política: Marcelo Rebelo de Sousa, Paula Teixeira da Cruz, Pedro Passos Coelho, António Costa, Rui Rio, Catarina Martins, Jerónimo de Sousa, Assunção Cristas, Miguel Cadilhe, Alberto João Jardim, Paulo Portas, Ana Drago, Miguel Relvas, Maria de Belém, Francisco Louçã, Marisa Matias, Garcia Pereira, Manuel Alegre, António José Seguro, Pedro Santana Lopes, Jorge Miranda, Luís Filipe Menezes, Teixeira dos Santos, Vasco Cordeiro, entre outros; ligadas à justiça e advocacia: Cândida Almeida,  Marinho Pinto; ligadas ao mundo empresarial: Belmiro de Azevedo, Alexandre Soares dos Santos; ligadas aos sindicatos: Arménio Carlos, Mário Nogueira; ligadas à ciência: Sobrinho Simões, António Barreto e Júlio Machado Vaz; ligadas ao desporto: Vítor Baía, Drulovic, Tiago Monteiro, Fernando Gomes, Herminio Loureiro; ligadas à música: Pedro Abrunhosa, Rui Reininho; ligadas à imprensa: Ricardo Costa, Vicente Jorge Silva, Manuel Carvalho, José Manuel Fernandes, José Leite Pereira, Manuel Tavares, entre outros.

O CdP aconteceu porque alguém se lembrou de o fazer e inventou este formato. Foi um fórum de debate em que os cidadãos também contavam.
Joaquim Jorge, biólogo e fundador do CdP, sempre se preocupou com o processo, mas nunca com o resultado, deste modo não teve consequências, mas tornou-se uma marca.

Tudo na vida tem um princípio e um fim. O Clube dos Pensadores foi um projecto de cidadania que agora chega ao seu final, contudo, Joaquim Jorge vai continuar a sua intervenção cívica com um novo projecto: criou uma Plataforma de Candidatura à CM Matosinhos 2021 – Matosinhos Independente -.

Clube dos Pensadores

25/06/2019

A História é sempre conclusiva!




António Fernandes 
A teoria do centro é uma teoria meramente académica uma vez que no espectro político o "centro" não é centro de coisa nenhuma.
Assim sendo, a divisão política entre esquerda e direita faz todo o sentido uma vez que a realidade conjuntural da vida não é, nem em tese, nem em teoria, algo que se possa manipular ou "saborear" a belo prazer dos que, de "barriga cheia", acantonados à direita do senso comum sobre ciência política, dissertam sobre uma panóplia de opções de orientação ideológica e política que se perde em rasgos profundos na divisão social.
A esquerda e a direita do pensamento.
A esquerda e a direita da concepção política e social.
A esquerda e a direita da vida em comunidade.
A divisão entre explorado e exploradores!
Depois, temos os pensadores da mediação entre os detentores dos meios e os que servem esses mesmos meios.
A social democracia.
No entanto, a grande maioria dos executantes dessa mediação política, acabam por ser confrontados com a opção política entre a esquerda e a direita do senso comum sobre os objetivos do serviço público. Acaso que redundou, nomeadamente no seio das comunidade Nórdicas, e também em comunidades altamente industrializadas com necessidade de políticas públicas de regulação da qualidade de vida, numa prática política de esquerda.
Voltamos assim ao senso comum. Entre a direita e a esquerda. Entre as razões sociais da generalidade das populações e as razões individuais de uma minoria de cidadãos detentores da riqueza global produzida pela maioria subserviente.
De que é de elementar justiça ponderar sobre uma questão.
A questão...
Pois... A questão?
- É que as sociedades continuam divididas entre os mais pobres e os mais ricos!
E alguns perguntam:
-     E os remediados?
A que o senso responde:
-   Os remediados não existem.
Porque, um remédio atenua. Nunca resolve.
E os grandes pensadores continuam tão atuais quanto o eram no seu tempo.
Passaram por entre "os pingos da chuva" muitos dos que  tentaram rotular de, pensadores contemporâneos em áreas como:
- a economia;
- a ciência social;
- a ciência política;
- entre muitas outras áreas;
Mas que nada vieram acrescentar ao anteriormente  esplanada como sendo o pensamento sobre a evolução das sociedades e da sua organização social e política enquanto comunidades em mutação permanente.
Acontece que, a história não é um acontecimento de "diversão" ou de "explanação" do pensamento.
A história é o registo daquilo que, de facto acontece!
E o que acontece, tem sido o ajustamento da oferta às necessidades da procura das sociedades mais, ou menos, civilizadas.
Sendo que por civilização se deve ter em linha de conta a cultura. Num quadro em que esta, assume ser o cerne do pensamento comum que gera a necessidade do saber mas também estuda o consumo sustentável ,em sintonia com o o conhecimento indispensável.
Neste momento assistimos a uma crispação social de conjuntura  de transição.
Crispação essa que resulta de factores similares, na essência, aos factores conhecidos de transição de estádios que a Humanidade percorreu ao longo da sua existência e muitos mais terá de percorrer face à utopia que a perfeição contempla.
Nada de novo, por isso.
Mas, com cada vez mais motivos de preocupação.
Perante esta evidência a conjuntura torna-se linear mesmo que não aceite pelas classes dominantes:
- Se por um lado a esquerda aponta a descoberta como motivo da evolução social.
- Por outro lado, a direita, aponta o retrocesso civilizacional como sendo a fórmula para a estabilidade pretendida.
Há nestas duas dinâmicas, estádios civilizacionais pretendidos diferentes: na forma e no conteúdo.
Há também contradições de interesse gritantes entre a produção e o consumo. Uma delas é a dispensa da manufactura. Dispensa que diminui o consumo o que implica a diminuição da produção e por consequência a diminuição das mais-valias.
A esta evidência acresce procura de outros mercados geradores de mais-valias. Sendo o mercado da dívida soberana o mais procurado pelos detentores dos meios. Financeiros no caso.
Ora, voltamos ao binómio esquerda e direita.
A esquerda que ajuíza a irracionalidade de uma dívida soberana.
A direita que centra o seu esforço no acumular dessa mesma dívida e dos juros consequentes, ajuizando ser a economia o centro gravitacional da evolução das sociedades modernas.
E não é.
O centro gravitacional das sociedades modernas resume-se a uma condição: qualidade de vida!
Condição que quando não existe gera conflitos sociais de dimensão imprevisível em que as respostas a dar serão sempre soluções políticas de conteúdo ideológico de esquerda ou de direita.
Obviamente de que as concepções ideológicas também evoluíram acompanhando o conhecimento gerado pela evolução das sociedades. Evolução essa inserida nos princípios e conceitos dos seus ideólogos e mentores.
No meio de tudo isto, as guerras que alastram por este mundo fora são o culminar da luta ideológica em torno de objetivos políticos. Tenham o rosto, - terrorista ou de defesa da ordem -, que tiverem.
Tenham a designação e as razões de suporte que tiverem.
Porque, as guerras são sempre injustas!
As guerras são sempre um meio de repressão para assegurar garantia de acumulação de riqueza de que os detentores dos meios bélicos, tenham a forma que tiverem, saem sempre a ganhar enquanto que, a civilização sai sempre a perder!
Pode até retroceder, simplesmente, será sempre um episódio para relatar na História  porque, efetivamente, no cômputo geral a História das civilizações deixou e, continuará a deixar marcos que ultrapassa com a liberdade que lhe é intrínseca.

20/06/2019

Opinião de Joaquim Jorge no RECORD


O mercado ficou louco depois que o PSG comprou Neymar por 222 milhões de euros. Neymar tem tudo para ser o melhor, mas não tem cabeça, é hábil, veloz, imaginativo, mas também quer ser uma estrela pop. O seu pai não ajuda nada, antes de futebol quer dinheiro, fama e mulheres. Com Neymar o futebol no capítulo das transferências tornou-se imoral e perverso tendo em conta tanta gente com necessidades neste mundo actual, aliás, o futebol é um desporto de pobres com meia dúzia de r...
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RECORD.PT
13:42 Neymar e Coutinho ... O mercado ficou louco depois que o PSG comprou Neymar por 222 milhões de euros. Neymar tem tudo para ser o melhor, mas não tem cabeça, é hábil, veloz, imaginativo, mas também quer ser uma estrela pop. O seu pai não ajuda nada, antes de futebol quer dinheiro, fama e...

Onde há trigo também há joio



António Fernandes 
Há uma seara loira da cor da espiga do trigo que baloiça na planta pronta a ser ceifada por ceifeira que na monda sempre soube que para a monda ser bem feita é preciso separar o trigo do joio porque é o joio que tem de mondar para que o trigo cresça floresça dê fruto e amadureça e dele se faça farinha. E da farinha devidamente amassada e cozida resulte o pão do nosso alimento.
A seara, para gente da cidade, não é mais do que um campo onde o trigo se acomoda encostado um ao outro e assim vai crescendo. Para mondadeira experiente nem tudo é trigo e, nem tudo é joio. A seu tempo o joio terá de ser mondado de forma a que o trigo desfrute do espaço necessário para crescer e a espiga desponte para que nela os grãos amadurem.
Mondadeira experiente sabe que o tempo necessita de tempo para completar ciclos a que as condições climáticas não são de todo estranhas. Antes pelo contrário. Exercem influência primordial em todo o processo da transformação da semente em planta e consequente processo de maturação ou amadurecimento.
E que o joio tem um outro ciclo de vida bem mais curto e destino diferenciado consoante as práticas correntes na exploração agrícola. Tanto pode ser alimento como estrume ou pura e simplesmente lixo.
Talvez por isso a mondadeira experiente não confunde a seara e lhe retira as ervas daninhas. Não confunde a vinha e lhe retira os rebentos tardios. Não confunde o tomatal e capa os tomates. Não confunde aquilo que é a semente com aquilo que é necessário fazer para que tenha uma planta robusta e sã.
E por isso separa o trigo do joio tal e qual separa a educação da formação.
Nem sequer perde tempo para supostamente lhe ensinarem aquilo que a vida já lhe ensinou em que não confundir as plantas é elementar.
Aprendeu simplesmente. Sem que tenha sentido qualquer necessidade da capacitação em voga para áreas que não a sua e que mais dia menos dia também acontecerá.
Até lá centra a sua especialização contínua na escola da vida e sente que tem muito mais a ensinar do que a aprender sobre a ruralidade profunda que não é a das hortas urbanas ou sequer das hortas berma de estrada ou de rotunda.
Ensinar as pessoas que confundem formação com informação um pouco à semelhança do esperto que confunde a rama de uma planta com planta diferente é coisa que a mondadeira sabe fazer.
Sabe do tempo e dos ciclos de vida das plantas e de todos os processos necessário para as cuidar até à ceifa final.
Sabe por isso tudo o que é essencial o que lhe permite não perder tempo com o acessório.
Talvez por isso tenha ocupação garantida e consciência dos seus direitos deveres e obrigações sociais.

Coisas da vida:
     da mondadeira ceifeira e de todos os novos sapientes das Ciências Sociais!

13/06/2019

Opinião de Joaquim Jorge no Noticias ao Minuto


O que se passou com Joe Berardo na comissão de Inquérito, recentemente, com Vitor Constâncio é uma desresponsabilização e uma amnésia extraordinárias: “não sei de nada”, “não fui eu”, “não me recordo”. Frases destas são o “habitué”.
Pessoas que vão trabalhar todos os dias, pagam os seus impostos religiosamente e fazem enorme ginástica para chegar ao fim do mês, não entendem este tipo de situações, em que não se pune quem se deve punir e, chega-se ao fim, é uma mão cheia de nada. Vivemos num regime de "habilidocracia".

11/06/2019

10 de Junho, o discurso, a História.





António Fernandes 

As comemorações do dia de Portugal foram marcadas por intervenções saudosistas e desconexas que deixam perplexas as gerações presentes encarregues de preparar o futuro.
A alusão a Camões como figura maior da República é, por si só, castradora da mensagem de um dia que devia ser de comemoração da esperança e nunca para usar o passado como objetivo social porque o que passou à semelhança da água que corre por de baixo de uma ponte não mais voltará a passar.
Quanto muito parece igual. Mas não é. É pura ilusão da ótica Humana.
Tanto na perspetiva como no conhecimento adquirido. Sendo que o conhecimento é algo que transita de geração para geração.
Talvez por isso a importância da memória e de todo os seus registos como sendo suporte para alavancar a continuidade da modernidade.
Portugal tem atualmente a geração mais bem preparada de sempre. Uma condição que é presente em todas as gerações que preparam o seu futuro.
Assim sendo não se percebe o porquê do medo existente em geração antecedente progenitora ou não em confiar nos seus descendentes.
Nessa senda é corriqueiro o discurso saudosista sempre presente em cerimónia e também no comportamento parcimonioso dos indivíduos que se organizam em sociedades comunitárias centradas em interesses individuais.
Acontece que ao longo da História o aperfeiçoamento contínuo da forma na organização social entronca em um novo paradigma que exige cada vez mais comportamento coletivo em defesa de valores de vida e também de valores de identidade.
A partilha de recursos é uma condição essencial para o equilíbrio das civilizações assim como a preservação do ambiente. Dois pilares estratégicos sobre os quais as novas gerações se debruçam e apresentam soluções.
O que não é de estranhar num tempo em que o escalonamento da organização social já não reflete estigmas passados.
Talvez por isso deva a geração de transição repensar o método e afirmar a confiança sempre necessária a quem se lhe segue com a naturalidade da vida.
O dia de Portugal devia ser por isso um dia de comemoração das raízes do futuro!