António Fernandes |
A INDÚSTRIA 4.0"
não passa de um mero conceito académico de inovação na gestão empresarial para
a articulação de todas as tecnologias desde a transformação ao consumo, de
forma a:
a) uniformizar procedimentos;
b) responder atempadamente a todas as solicitações com índices de satisfação
total dos seus clientes;
c) agilizar as entregas;
d) competir num mercado cada vez mais exigente;
e) minimizar todos os custos;
f) assegurar mercados de escoamento dos produtos produzidos; aumentar de forma
exponencial os caudais de fluxos financeiros;
g) aumentar o rácio de solidez financeira;
h) apurar resultados líquidos consistentes;
i) Nesse sentido o acordo versou uma intenção já seguida desde o início da
implementação da gestão informatizada. Três zeros, ou 3.0:
Cujo objetivo é o de prosperarem
autonomamente em quatro domínios específicos:
1. Zero consumo de papel;
2. Zero stocks;
3. Zero mão de obra;
A que se juntou mais
um zero, no ano de 2011, numa reunião realizada na Alemanha elevando para
quatro, os zeros, agora com a designação de INDÚSTRIA 4.0.
4. Zero desperdícios;
Um conceito que
diverge daquilo que tem sido os avanços da História da Humanidade sustentada em
roturas nos procedimentos como forma de dar resposta às necessidades da
Humanidade e da sua organização civilizacional no Planeta.
Desta vez aquilo que
se pretende é exclusivamente aumentar os lucros de alguns ao ponto de haver especialistas
a afirmar categoricamente que: a nova fase da industria vai eliminar, em breve,
cinco milhões de empregos e, a avisar, que o fosso entre ricos e pobres pode
aumentar.
Como sempre, na Europa
mandam os Alemães. E vai dai, reuniram um conjunto de empresários, académicos e
membros do governo para definir uma estratégia que dê resposta ao crescimento
Industrial aonde foi apresentado o conceito “INDUSTRIA 4.0” que pretendem
implementar num mercado que ajuízam única e exclusivamente ao seu dispor que promova
a anulação do setor secundário da produção industrial através da robotização,
tão só porque na Europa há dificuldades em encontrar mão de obra não
qualificada enquanto que no resto do mundo essa mão de obra abunda.
O conceito “INDÚSTRIA
4.0” é taxativo quando afirma: “só os mais preparados sobrevivem à
digitalização.”
No entanto, a questão
central daquilo que é a essência da organização das sociedades está em apurar
se a articulação entre o saber, a necessidade, e o consumo, existe e está
preparado para esta realidade que se nos afigura como sendo o futuro da indústria
porque a esta interessa produzir no quadro da seguinte trilogia produtiva:
1. produzir mais;
2. produzir com melhor qualidade;
3. produzir com menos custos;
Assim sendo, como
pensam os diversos poderes responder a este desafio?
- O Governo Português
lançou já uma estratégia para a INDÚSTRIA 4.0”.
- Alex Gray tem ideias
sobre as 10 competências-chave para prosperar da Quarta Revolução Industrial.
- O cidadão comum
também tem a sua opinião. Opinião sujeita a uma realidade conjuntural
intrínseca que não tem um interruptor que se liga e desliga consoante interesse
terceiro. Nesse sentido, as gerações transmitem entre si o conhecimento
assimilado e necessitam de tempo para as mudanças constantes dos paradigmas
porque se regem.
Importa por isso ter o
senso necessário para que todas as mudanças sociais em curso e as mudanças em
“tubos de ensaio”, não operem ruturas sociais profundas cujos efeitos perdurem
no tempo e, das quais, não haja retorno.