15/02/2019

Braga, uma cidade perdida em promessas por cumprir




António Fernandes 
A mudança prometida e em que a população da cidade de Braga acreditou concretizou-se com o ato eleitoral autárquico de dois mil e treze trazendo repercussões de que só é possível extrair conclusões volvido todo este tempo uma vez que as reais intenções do concorrente que ganhou a citada eleição não eram conhecidas nem sequer a sua sensibilidade para a causa publica o que poderá até ter concorrido para o beneficio da dúvida que lhe foi concedido em dois mil e dezassete, ano em que foi reeleito, uma vez que até aí nada tinha feito. Nem de positivo nem de negativo. E que, nada continua a fazer para além da manutenção dos equipamentos existentes reordenando alguns espaços para que se ajustem às necessidades dos tempos tendo em atenção as mudanças entretanto ocorridas nos perfis sociológicos da cidadania vulgar naquilo que hoje se entende por necessário uma vez que as demais iniciativas do foro privado não entram na sua área de jurisdição salvo naquilo que se presume poder configurar cedência a interesse. Matéria suficientemente aprofundada por movimentos cívicos e de cidadania.
Aconteceu, em pouco mais de seis anos, uma única mudança que foi a de transformar uma cidade de costumes e com regras, em uma cidade que não quer saber dos costumes e muito menos das regras.
Onde vale tudo desde que as consequências se enquadrem no âmbito dos objetivos e de identificação com os interesses do poder em exercício:
-       Mediatismo;
-       Protagonismo local e nacional;
-       Ascensão política;
Um triângulo de interesses onde não cabem alguns dos valores fundamentais de uma sociedade que se quer moderna e preparada para os embates futuros:
-       solidariedade;
-       razoabilidade;
-       justiça;
A confusão geral, porque é no meio da confusão que as pessoas de ideias parcas melhor se movimentam disfarçando esse deficit de cognição e de discernimento para aquilo que envolve o exercício de uma função publica num contexto exigente como o é a de um agente politico eleito para resolver assuntos e nunca para os agravar, impera.
A cidade definha e a paródia avança ao ritmo da mediocridade que alguns "canudos" até podem encobrir, mas que, de maneira alguma disfarçam, como aconteceu com a vontade de um determinado cidadão, em exercício político público, ter tido a intenção peregrina de que a principal sala da cidade devia estar “arrumada” – sem esplanadas nem “barracos de índios” - e que, agora, alturas há em que já não sabe o que mais lá meter.
A defesa do Património passou-lhe para os calcanhares e, parece pesar-lhe a vergonha de aparecer regularmente nas estampas onde só vai aparecendo amiúde, não sei se “amordaçado”, porque nada diz sobre o pelouro de que é responsável e sobre o qual pesa a dimensão e a História de uma cidade com projeção internacional e destino turístico reconhecido.
A recuperação do Centro Histórico parou no tempo assim como parou no tempo o reordenamento urbanístico e social da urbe.
O Complexo Hidráulico das Sete Fontes está sob fogo cerrado das suas próprias fileiras e em guerra aberta com os proprietários dos terrenos.
A Confiança perdeu a confiança nos “donos” do Município e está em processo de “bloqueio” depois de ter sido votada pela maioria Municipal a sua alienação.