António Fernandes |
Aconteceu, em pouco mais de seis anos, uma única mudança que foi a de transformar uma cidade de costumes e com regras, em uma cidade que não quer saber dos costumes e muito menos das regras.
Onde vale tudo desde que as consequências se enquadrem no âmbito dos objetivos e de identificação com os interesses do poder em exercício:
- Mediatismo;
- Protagonismo local e nacional;
- Ascensão política;
Um triângulo de interesses onde não cabem alguns dos valores fundamentais de uma sociedade que se quer moderna e preparada para os embates futuros:
- solidariedade;
- razoabilidade;
- justiça;
A confusão geral, porque é no meio da confusão que as pessoas de ideias parcas melhor se movimentam disfarçando esse deficit de cognição e de discernimento para aquilo que envolve o exercício de uma função publica num contexto exigente como o é a de um agente politico eleito para resolver assuntos e nunca para os agravar, impera.
A cidade definha e a paródia avança ao ritmo da mediocridade que alguns "canudos" até podem encobrir, mas que, de maneira alguma disfarçam, como aconteceu com a vontade de um determinado cidadão, em exercício político público, ter tido a intenção peregrina de que a principal sala da cidade devia estar “arrumada” – sem esplanadas nem “barracos de índios” - e que, agora, alturas há em que já não sabe o que mais lá meter.
A defesa do Património passou-lhe para os calcanhares e, parece pesar-lhe a vergonha de aparecer regularmente nas estampas onde só vai aparecendo amiúde, não sei se “amordaçado”, porque nada diz sobre o pelouro de que é responsável e sobre o qual pesa a dimensão e a História de uma cidade com projeção internacional e destino turístico reconhecido.
A recuperação do Centro Histórico parou no tempo assim como parou no tempo o reordenamento urbanístico e social da urbe.
O Complexo Hidráulico das Sete Fontes está sob fogo cerrado das suas próprias fileiras e em guerra aberta com os proprietários dos terrenos.
A Confiança perdeu a confiança nos “donos” do Município e está em processo de “bloqueio” depois de ter sido votada pela maioria Municipal a sua alienação.