António Fernandes |
O mundo está em mudança como vem sendo hábito desde sempre.
Por isso, não se percebe muito bem os motivos da preocupação
política e social perante uma condição que tem sido permanente e que, não fora essa
constante mudança, não teria a Humanidade chegado ao corrente estádio de
desenvolvimento da sua organização e das suas condições de vida em resultado do
conhecimento construído, um e,
desbravado, outro.
Há condições geoestratégicas que se alteraram profundamente.
Nomeadamente no Continente Europeu. Alterações que influenciaram e continuam a
influenciar, direta e indiretamente, o rumo político de outros Estados, na
Europa e no Mundo, como se tem verificado.
A Europa de hoje, no seu espaço geopolítico designado por
U.E., é o único espaço geográfico organizado com condições políticas, sociais e
tecnológicas, que lhe permitem uma total
autonomia e, por essa via, total independência politica e económica em todas as
suas vertentes e domínios.
A sua dependência de terceiros em setores como:
- a energia, mão de obra qualificada e não qualificada,
matérias primas;
- derivados e compostos nos setores agroalimentar,
aquacultura, fármacos e outros;
já há muito foi ultrapassada.
Simplesmente, os valores sociais pelos quais a Europa se tem
pautado desde meados do século passado tem sobreposto o interesse social
coletivo ao interesse individual de grandes grupos económicos e financeiros,
ultrapassando interesse nacional de governação economicista e, por isso, o
equilíbrio da correlação de forças internacional se tem mantido num quadro que
excede já o quadro do possível, mas que ainda está muito longe do desejável
onde cada Ser Humano usufrua dos Direitos Liberdade e Garantias insertos na
Carta Internacional dos Direitos Humanos.
Mesmo com o Trump; o Putin; o Maduro; e muitos outros
políticos irresponsáveis que se extremam, na equação internacional, a que agora
se junta o Bolsonaro no Brasil mais a entrada da extrema-direita numa das regiões da nossa vizinha Espanha, mais concretamente
na Andaluzia, há cada vez mais motivos para que a Europa se reja por princípios
de solidariedade interna como o tem feito ao longo das ultimas década para se
autoregular e, olhar para os outros Continentes e respetivos Estados de uma
forma diferente das outras grandes potências internacionais.
Mais concretamente os Estados Unidos da America e a Russia
que se tem vindo a degladiar entre si e, com ameaças a Estados terceiros tanto na componente comercial como
em outras vertentes com ênfase para a sua componente militar.
Tenho para mim que, os cidadãos Europeus sabem que a
Globalização inverteu o pressuposto do conceito que passou de consequência a
condição:
- Consequência porque surgiu da necessidade da condição
Humana.
- Condição porque passou a ser a principal garantia de
suporte da vida. Humana e ambiental.
Assim sendo, há a retirar da História Universal, uma
conclusão laminar:
- feita de avanços e recuos, a História, tem nos seus
avanços, uma conquista irreversível: o conhecimento.
Por isso, o ano de dois mil e dezanove é mais um ano nesta
epopeia a caminho do futuro que se quer:
- livre;
- com sonhos;
- justo;
- solidário;