António Fernandes |
A extrema-direita direita após o ciclo de ditadura nacional
e internacional sempre se manteve organizada em torno de grandes grupos de
controlo ideológico das massas manipulados pelos interesses financeiros que não
se coibiram do financiamento dos testes nucleares dos bombardeamentos de
Hiroshima e Nagasaki para o controlo político internacional através do medo sem
nunca subestimarem o papel crucial da educação na formatação do Homem de ontem,
de hoje e, de amanhã.
A divisão social por classes consoante o extrato social de
origem ou os rendimentos auferidos foi-se escalonando de acordo com o evolução
das suas necessidades e, em consequência dos seus rendimentos.
Desde o esclavagismo negreiro ao esclavagismo da idade
média com trabalho sem salário até à conquista do salário já em plena revolução
industrial entre a burguesia dominante e a plebe dominada não havia classes
intermédias.
Com a revolução industrial surgem condições para novos
paradigmas sociais de controlo por diferenciação de rendimentos que se refletem
na organização social das cidades em torno das indústrias e da organização
política e social da Nação.
A Internacional Socialista é uma consequência desta disputa
pelo poder que então se instalou e que degenerou nas duas grandes guerras.
Maio de 68 é um marco Histórico num tempo de rebelião
internacional maioritariamente jovem com algumas raizes no movimento hippie um
movimento pela liberdade que foi habilmente transformado em movimento por
libertinagem.
Os Partidos Políticos de pendor social democrata surgem
para travar o avanço dos sindicatos junto do proletariado de então
maioritariamente aderentes das correntes comunistas que, curiosamente, foram
quem fundou a Internacional Socialista.
Esta evidência mostra a preocupação dos interesses
financeiros de então em controlar o poder fosse de que forma fosse.
Neste ciclo houve alguns momentos paradigmáticos: Aldo
Moro; Leon Trótski; Olofe Palme; John F. Kennedy; entre outros.
Todos eles assassinados por “questões políticas
desconhecidas” salvo o Trótski que o foi por motivo sobejamente conhecido assim
como Ernesto Rafael Guevara de la Serna.
Aquilo a que hoje assistimos não é novo.
Tem é outros protagonistas.
Sempre foi uma luta titânica de interesses entre quem tem e
quem não tem.
A classe média que surge como “fiel da balança” nesta luta
por ser a classe mediadora dos conflitos deixa de o ser tão só porque o seu
papel neste puzzle deixou de fazer sentido num tempo em que o binômio ricos e
pobres se acentuou na partilha da riqueza produzida acentuando
incomensuravelmente o fosso entre ambos.
O atual contexto de desenvolvimento prescindiu das grandes
concentrações de operários para se centrar no conhecimento técnico para o
manuseamento dos equipamentos existentes. Tudo o mais a máquina faz.
Daí que, para concluir, sem encontrar culpados pelo curso
natural da História como forma de resposta a necessidades da Humanidade, ajuize
que o futuro continuará a ser a luta pelos interesses que, como é óbvio, influi
nos direitos, liberdades e garantias a que todos temos direito.
Por isso o papel político de todos os que se identificam
com os valores do progresso e na construção de um novo modelo de organização
social para a Humanidade seja de extrema importância.
Sem panaceias ou lamechas porque a História acontece e por
isso carece de soluções para as quais contribuiremos sem certezas mas, com
convicções!