Valdemar F. Ribeiro |
Desde que Angola se tornou independente, as
Televisões, Rádios e Jornais, públicos e
privados, para divulgarem uma qualquer empresa nacional, em qualquer
evento, normalmente só o fazem mediante
pré-acordos financeiros estabelecidos antes
e durante os eventos.
Qualquer RÁDIO, TV ou Jornal, em qualquer
lugar de Angola, cobram valores financeiros elevados para divulgarem as
pequenas e médias empresas angolanas.
Pode-se comparar, por exemplo, os preços
cobrados pelas televisões internacionais e pelas televisões nacionais e
verifica-se facilmente que há disparidades de preços.
Como consequência disso, em Angola apenas as
empresas com grande capacidade financeira podem desenvolver politicas de
marketing.
As empresas nacionais com menor poder
financeiro, não conseguem ter uma politica de marketing que possibilite divulgar
convenientemente seus produtos nacionais ou outros produtos.
Todas as empresas desejam e precisam ter
politicas de marketing para seus produtos.
Naturalmente, os meios de comunicação
precisam cobrar valores financeiros para divulgarem as empresas senão deixam de
ser rentáveis.
Mas diante de uma Nação nova que está no
inicio de sua construção económica sustentada, bem no inicio, qual será a opção
mais razoável em prol deste desenvolvimento?
Devem os media cobrar valores exorbitantes
financeiros para divulgarem as empresas nacionais?
Não será mais razoável e inteligente que os media, Rádio, Jornais e Televisões, cobrem valores menos exorbitantes e
acessíveis às pequenas e médias empresas e desse modo estariam a promover a
economia nacional?
Cobrando valores financeiros mais acessíveis,
talvez muito mais empresas pudessem divulgar seus produtos e talvez assim a media conseguisse faturar mais.
O marketing em Angola não seria acessível
apenas a alguns privilegiados.
Certamente o país e a economia tivessem um
impulso maior e todos ganhassem mais.
Quem é a empresa que não quer ter uma
politica de marketing?
*Economista, industrial e ambientalista
Lubango