António Fernandes |
A vitória de Bolsonaro, no contexto
Continental Americano era previsível em função da estratégia definida pela CIA
e o PENTÁGONO que colocaram o Trump na Presidência dos EUA e não descansam
enquanto não derrubarem Maduro na Venezuela.
A globalização ameaça os interesses
instalados em diversos domínios sempre com um objetivo: o poder político.
As redes de informação estão ao fugir ao
controlo da espionagem circunstância que assusta todas as organizações
internacionais de espionagem que sentem o seu terreno de influência a
fugir-lhes.
Os fluxos financeiros sentem a ameaça
das transações virtuais ocupar-lhes o lugar em que o suporte já não é o do
controlo das matérias primas para ser o da inteligência artificial.
Nestas circunstâncias só o retrocesso
político lhes pode assegurar em certos domínios sobre setores da economia e da
educação que travem o progresso social ocorrido a partir dos anos oitenta,
precisamente num País em que "ORDEM E PROGRESSO" é a sigla nacional
de estandarte.
Aquilo que vai acontecer é o Continente
mais evoluído passar a ser o Continente mais retrógrado. Com uma diferença. Os
Estados Unidos são a maior potência militar no mundo.
Ora, o controlo militar estratégico que
é a face da espionagem e da contraespionagem, não aceita de animo leve esta
mudança estrutural da correlação de forças internacional e será muito difícil,
enquanto não houver regeneração do seu núcleo duro.
O problema é que, na atual conjuntura
social, as civilizações não aceitam esse retrocesso por não ser possível em
função das condições criadas pelo crescimento económico transnacional em que a
produção exige consumo e o consumo exige poder de compra.
Um ciclo que não é possível reverter
salvo se, forem adotadas medidas contraproducentes com os atuais tempos.
No plano interno, todos sabemos que nos
regimes presidencialistas de Estados Federados a figura do presidente é
folclórica um pouco à semelhança das Monarquias.
Pelo escrito se conclui que não é fácil
aos defensores do retrocesso das civilizações matar a democracia e cercear as
liberdades no atual Estádio da História Universal em que as novas gerações se
apresentam ao mundo em condições de exigir melhor qualidade de vida que a dos
seus antecessores.
O Brasil é um fenómeno de curta duração
em resposta ao descrédito generalizado e à corrupção que alastra nos agentes
políticos dos Países em processo de transformação.