11/10/2018

I - Pensadores. Precisam-se!




António Fernandes 
As sociedades. As políticas. O futuro.


As sociedades em geral e os partidos políticos em particular, porque é deles que se esperam soluções politicas de resposta cada vez mais rápida e eficaz para os desequilíbrios sociais e políticos nacionais e internacionais que os próprios provocam assentes num conjunto de valores sociais sobre que os citados também influem ao determinar e implementar linhas gerais de conduta social balizadas por legislação a preceito mas que não acautela consequências futuras por manifesta falta de pensadores na sua estrutura orgânica de que resultam, exclusivamente, medidas de circunstancia para algumas das situações do presente, consoante o barómetro ideológico dominante, hipotecando o futuro das novas gerações e de todas as outras formas de vida ainda existentes no Planeta.

Assim como não existe debate constante e profícuo em torno desse pensamento que se presume esteja acantonado no seio das Academias, sejam elas quais forem, que não sendo uniforme tem de encontrar plataformas de consenso em tempo útil. Simplesmente, a competitividade, um conceito recente de disputa mais para negocio do que propriamente para partilha do conhecimento existente, entre as diversas Academias que disputam o mercado jovem como se fora mercadoria a introduzir conhecimento para que depois sirva o tecido empresarial interventivo na economia nacional e internacional cujo objetivo final, por mais voltas que se lhe dê, é o de suprir as necessidades dos Homens, quase em exclusividade.

Este vazio crítico e de construção de um ideário comum em que o princípio elementar seja o do respeito para com a Natureza é avassalador na vertente inicial da formatação do intelecto dos indivíduos ao ponto de correr já uma nova variável tida por mediação a induzir como elemento sensibilizador da estabilização emotiva sem que se tenham em conta os fatores sociais de desestabilização com influência direta sobre a célula primária da organização social. A família. Uma célula demasiado sensível a todos os fatores envolventes num ciclo em que, - “Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.” Antoine Lavoisier. -.

Este ciclo aparece comprometido na sua perversão por se encontrar em mutação para estádios permanentes de substituição fruto de experiencias científicas com resultados momentaneamente considerados positivos e de avanços cientifico-tecnológico e outros, tão só porque as classes dominantes visam acentuadamente a acumulação de riqueza através de um método simples: o crescimento económico.

Ora, para haver crescimento económico, tem de haver crescimento no consumo para que haja aumento de produtividade e demais fatores com influencia direta e indireta naquilo a que se convencionou designar por, PIB-Produto Interno Bruto.

Esta é a encruzilhada em que as sociedades civilizadas se encontram:

- Necessidade de continuar o crescimento económico;
- Escassez de matérias-primas;
- Sustentabilidade ambiental;
- Preservar a biodiversidade;
- Entre outros;

É neste contexto de responsabilidade acrescida na organização social e politica dos Estados em torno das respostas a dar mediante as responsabilidades destes para com as suas populações, contribuintes, na assunção dos seus deveres e dos seus direitos, num exercício de Humanismo simples e equilibrado entre todos os segmentos da sociedade, com predominância para a orgânica da pirâmide legislativa e de aplicação da justiça, num tempo acelerado e de transformações transversais em todos os domínios.

As constantes e incisivas alterações nas condições de vida mudaram:

- Mudou o mundo dos Homens;
- Mudou o Planeta da biodiversidade;
- Mudou a correlação de forças do equilíbrio sustentável;
- Mudou tudo aquilo que é a envolvência social do meio;