António Fernandes |
A nossa experiência na cidade de Braga é
a de que, a continuidade está assegurada, com algumas nuances cujo cheiro
agrada a uns e não agrada a outros porque o legado não era assim tão mau quanto
o pintaram na oposição até dois mil e treze.
Daí que esta nota se centre em algumas
dessas nuances que dão para adormecer o eleitor e o trazer entretido em modo de
faz de conta que fazem alguma coisa de novo sem que realmente de novo, nada
tenham feito, nem façam.
No que toca a nuances…
O Gabinete Presidencial foi remodelado,
o edifício sede do Município pintado,, as reuniões camarárias descentralizadas sol
de pouca dura e, a Assembleia Municipal a montra de vaidade comezinha, com
afrontas sem nexo à inteligência coletiva e ao senso comum, conversas da treta
que o programa de António Feio e José Pedro Gomes metiam num bolso a léguas e,
outros quejandos
As pinturas “primárias”, porque dizem,
terem sido as originais, com que embelezaram o branco existente no edificado do
complexo hidráulico da sete fontes que viria - disseram - a ser o pomposo Parque Eco - Monumental da
cidade mas que já deixou de ser a Bandeira desfraldada ao vento, Rio abaixo,
Bessa acima, ladeada por Lídia e companhia, num adensar da Cultura que se
perde, um ambiente que se degrada e, um rol de promessas que nunca chegaram a
ser mais do que aquilo que foram, promessas.
Enquanto que um daqueles que essa
bandeira mais desfraldou, defensor até à medula da coisa, acantonado numa
associação de quem já raramente se fala, se recosta confortavelmente no
cadeirão que conquistou, enquanto o tempo corre. Célere, mas corre. Afinal,
três mandatos é coisa que se faz nas calmas. Especialmente quando a oposição se
entretém a guerrear ideias sem propostas em concreto.
A cidade estagnou, corria o ano da graça
de dois mil e treze, quebrando o ciclo de crescimento em que o Concelho se
encontrava mesmo em plena crise do setor da construção civil com o setor do
imobiliário, o pulsar financeiro a ele
afeto, a ser fortemente pressionado pela crise financeira despoletada numa das
bolsas imobiliárias de referencia internacional, nos USA, mas que as medidas
estruturantes existentes, tomadas em tempo útil pela gestão Municipal de então,
conseguiram colmatar e esbater através de um vasto tecido económico de pequenas
e médias empresas, transformando a micro economia em um autentico “colete de
forças” económico e financeiro, esmorecendo assim os efeitos diretos e,
servindo de escudo aos efeitos colaterais que no tempo foram de uma dimensão
internacional de monta, cuja dimensão ainda hoje não se conseguiu apurar.
Desde esse ano de dois mil e treze, não
se sabe muito bem se por falta de ideias, capacidade de iniciativa opção
politica ou outro qualquer motivo, salvo as investidas da Sonae implantando as superfícies de média
dimensão “Bom Dia” em locais
estratégicos de negócio onde o bem estar das comunidade locais foi beliscado e
nesse sentido se manifestaram; o Leroy Merlin, uma superfície vocacionada para
a bricolage e a construção civil, numa zona onde as médias superfícies pululam
em concorrência aberta e urbanisticamente desordenada; Um Hospital Privado; O
edifício do Bombeiros Municipais; a oferta de terrenos ao Sporting Clube de
Braga não sabendo este escriba se o foi para património da SAD- Sociedade
Anónima Desportiva ou outro qualquer upgrade da citada SAD; e… uns quantos
“arranjos urbanísticos” em propriedade da arquidiocese de Braga ou derivados
através do Orçamento Participativo mas também do Orçamento Municipal.
Entretanto os famosos “esqueletos” não
apareceram e aqueles a que quiseram rotular como tal, diluíram-se nos projetos
para: a Confiança; as Convertidas; a Pousada da Juventude; o Mercado Municipal
e outros em fila de espera de dinheiros da UE; Braga a Cidade Europeia do
Desporto 2018 só foi possível graças a um desses presumíveis “esqueletos”;
O projeto do Parque Norte foi abandonado
porque, dizem, a cidade já tem zonas verdes a mais…; a piscina olímpica ficou
olimpicamente ao abandono por um edil que quer as pessoas a praticar desporto
no meio de poluição desmesurada. Quiçá porque se aproveitou da infraestrutura
existente, mandou abater o cordão arbóreo de proteção e, assim, quem passa na
sua viatura pode sempre dar uma de mirone para o espaço onde o Município também
promove eventos.
Mas o “faz de conta” vai mais longe.
Continuam os visados a criticar de forma depreciativa o legado e, reivindicam
para si os feitos do seu antecessor que tendo inaugurado inúmeros equipamentos
vê agora, os mesmos equipamentos serem de novo inaugurados só porque por terem
sido alvo de obras de restauro, manutenção e de ajustamento ao tempo, foram
reclassificados.
Uma autêntica fraude de apropriação
indevida de ato publico.
Em Braga, é assim.