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| Antóni Fernandes |
A Catarina Martins é uma senhora, jovem, como outra qualquer.
Tem sonhos e expectativas como outro jovem qualquer.
Vive numa sociedade capitalista como outra pessoa qualquer.
Defende um ideal de esquerda, ainda bem!
Simplesmente, essa condição não obriga a a fazer voto de pobreza e muito menos, passar fome.
Fez rigorosamente aquilo que qualquer um de nós faria.
E, que me perdoe o Jerónimo de Sousa, porque de “boas intenções está o inferno cheio” uma máxima da esquerda consciente.
A direita, desesperada, vasculha a cor das cuecas e se descobre, é bem capaz de dizer que não usa.
Vale tudo.
E assim se misturam pessoas com ideologias.
E assim levam o PSD ao colo atacando o verniz à esquerda.
E assim se faz campanha política num momento crítico da discussão do OGE
E assim se preparam as eleições para o PE e as Legislativas seguintes.
E assim, é justo dizer que, o discurso de esquina sobre quanto ganham as “estrelas” faz muito mais sentido do que discutir a vida de cada um.
E assim se esconde a realidade de um País em que uns comem tudo e outros não têm dinheiro para comer.
O estado da nação chegou ao limite da falta de vergonha de quem acusa mas também de quem é acusado.
O que se lamenta é que neste lodaçal só rolem as cabeças conotadas com a esquerda enquanto que à direita resvalam numa couraça de indiferença.
