15/12/2017

A EUROPA INTERCULTURAL (1)



António Fernandes 
A Europa, enquanto espaço geográfico aonde interagem múltiplas culturas: locais; regionais e nacionais; num todo Continental, é o resultado de vicissitudes nos ajustamentos necessários aos tempos, no tempo em que as mudanças ocorrem, aos processos de evolução social correntes dentro dos parâmetros culturais locais e, decorrentes da interação internacional inclusiva das múltiplas culturas que se cruzam, encontram e, disseminam, em permanente mudança de que a História dá conta que envolvem o poder da influência; de legislar; da governação politica; da relação familiar, escolar, laboral, de proximidade e outras, com enfoque privilegiado para a proximidade quotidiana em que a mediação dos conflitos sociais emergentes, em consonância, ou sobre, a sociedade em geral e, em especial, na receção e inclusão de outros povos em paridade de direitos, liberdades e garantias, tem hoje as ferramentas necessárias para que a mediação através do diálogo intercultural funcione em pleno e que, se assuma no Mundo contemporâneo, como o espaço ideal para esse efeito.
Daí que, a Europa seja o Continente mais procurado por outros povos que trazem consigo enraizadas culturas diferenciadas, cuja finalidade é a de se estabelecerem num território aonde pensam vir a encontrar as condições de estabilidade e de paz social para a sua vida e a dos seus familiares diretos, sem quebrarem o vinculo cultural com as suas origens: familiar; comunidade; religião; de Estado; de Nação; outras.
A multiplicidade intercultural é hoje uma realidade incontornável no espaço Europeu, mais concretamente na U.E., tantos são os elos de ligação social, desde a família à atividade social ou profissional, de coabitação inclusiva na comunidade, conducentes a uma matriz que é transversal a essa interculturalidade com raízes culturais comuns ao ponto de, indelevelmente, se poder afirmar como sendo um processo dinâmico de dialética da cultura Europeia do futuro.
Neste contexto, a mediação enquanto processo de diálogo para o entendimento das partes tem um desempenho determinante por ser a solução mais eficaz na estabilização e interiorização cultural dessa nova realidade conjuntural com que as sociedades passadas, presentes e futuras se tem deparado, deparam e depararão.
No entanto, a Europa intercultural, não é um fenómeno que se aplique a todo o seu espaço geográfico Continental.
A Europa é um vasto Continente multicultural formada por diversos Países aonde as maiores diferenças se refletem no modelo politico adotado em cada um desses Países, ao longo da sua História, mas também, na forma de organização religiosa assim como na expressão linguística. Sendo que há matrizes elementares comuns em todas eles mas, de ramos diferentes.