Rogério Pires |
Em Julho os incêndios em Pedrogão
vitimaram 64 pessoas. Muitas desculpas para o sucedido, desde logo por anuncio,
quase imediato, da PJ acusando um tal
raio de uma trovoada seca, que se constatou não ter sido pelo menos à hora em
que deflagrou o incêndio. O PR diz a
quente, que estava a ser feito tudo o que era possível, o que o obrigou mais
tarde a ter de retificar as declarações. O balanço é trágico com a perda das 64 pessoas e milhares de hectares de floresta,
com centenas de habitações e empresas devoradas pelas chamas.
Começava-se a ver a falta de preparação, da equipa recém empossada da Proteção Civil em Abril passado, o quase não funcionamento do SIRESP, o descontrolo total do comando, a que se junta uma nítida falta de jeito da Ministra da Administração Interna, agravada com a ausência de responsabilidade do 1º Ministro e as suas infelizes intervenções demonstrando a sua inabilidade para lidar com adversidades. E que faz o governo ? Nada ou quase nada. Logo de seguida o assalto ao quartel de Tancos com desaparecimento de material de guerra, a que responde o 1º Ministro com uma saída já programa, e, não adiável, para férias em Palma de Maiorca, revelando-se assim um 1º Ministro apenas das boas horas e ausente nas más horas . E que faz o governo para evitar a repetição de tamanha tragédia ? Muito pouco ou nada, não tendo aprendido com os erros cometidos.
Um governo sem reação em relação aos incêndios. E sobre Tancos ? Inquéritos e mais inquéritos e declarações completamente desastradas do Ministro da Defesa, chegando ao ponto de elogiar a qualidade dos assaltantes, e, mais tarde até colocar em causa se teria havido assalto. E que faz o governo ? Não reage e tudo fica pendente de inquéritos e mais inquéritos. Marcelo vai tolerando, e, o verão vai seguindo, com mais ou menos incêndios até que o governo a 30 de Setembro decreta o fim da época de incêndios, tal como de época balnear se tratasse. O calor não para apesar da decisão do governo e teima em manter altas temperaturas, e, a 15 de Outubro nova tragédia, agora na zona centro e mais 47 mortos, centenas de casas e empresas e milhares de hectares de floresta são engolidas pelas chamas .
Marcelo perde a paciência, e, faz uma comunicação ao país, e dá um fortíssimo puxão de orelhas ao governo, quase demitindo em direto a Ministra. Finalmente o governo age e no dia seguinte, António Costa demite ou aceita a demissão como quiserem e lá se vai a Ministra da Administração Interna borda fora, com uma carta que demonstra que andou a mentir aos portugueses pois desde Julho que tinha pedido para sair e que António Costa também se envolveu na mentira. O Ministro da Defesa apenas espera que Marcelo volte ao assunto, e perca de novo a paciência, e, mais uma vez o governo só depois reagirá com um demissão que já devia ter acontecido, se o governo não fosse um governo de reação em lugar de ser com é seu dever um governo de ação. Havia muito para dizer, mas termino com um acontecimento com poucas horas de vida.
O jantar de encerramento da Web Summit no Panteão Nacional. Tudo correu maravilhosamente até que alguém se lembrou pasme-se de levantar uma questão. Um jantar no Panteão Nacional ? Jantar junto aos nossos maiores que repousam nos túmulos do Panteão Nacional ? Logo vem o 1º Ministro António Costa anunciar furioso, que irá legislar rapidamente, para que tal heresia jamais se repita, mais uma vez apenas por reação aos comentários. Mas não é o Panteão Nacional um monumento nacional que está debaixo da alçada do governo ? Será que a organização da Web Summit o fez clandestinamente ? Não esteve o governo nesse jantar, e não autorizou a sua realização nesse espaço por si gerido ? E tal tipo de eventos como o jantar de gala para os seus trabalhadores feito pela NAV (Navegação Aérea ), empresa publica, tutelada pelo Ministério do Planeamento, que se realizou também no Panteão Nacional em 16 de Outubro não foi devidamente autorizado ? Mais uma vez o governo em vez da ação, não autorizando os jantares no Panteão Nacional, toma uma atitude reagindo aos comentários desfavoráveis quanto à autorização dada prometendo a modificação da legislação para que não se repita tal tipo de evento no Panteão Nacional.
Um governo apenas de reação, e ,que usa e abusa de uma tal hipocrisia perante os factos consumados, fingindo apenas ser de ação.
Começava-se a ver a falta de preparação, da equipa recém empossada da Proteção Civil em Abril passado, o quase não funcionamento do SIRESP, o descontrolo total do comando, a que se junta uma nítida falta de jeito da Ministra da Administração Interna, agravada com a ausência de responsabilidade do 1º Ministro e as suas infelizes intervenções demonstrando a sua inabilidade para lidar com adversidades. E que faz o governo ? Nada ou quase nada. Logo de seguida o assalto ao quartel de Tancos com desaparecimento de material de guerra, a que responde o 1º Ministro com uma saída já programa, e, não adiável, para férias em Palma de Maiorca, revelando-se assim um 1º Ministro apenas das boas horas e ausente nas más horas . E que faz o governo para evitar a repetição de tamanha tragédia ? Muito pouco ou nada, não tendo aprendido com os erros cometidos.
Um governo sem reação em relação aos incêndios. E sobre Tancos ? Inquéritos e mais inquéritos e declarações completamente desastradas do Ministro da Defesa, chegando ao ponto de elogiar a qualidade dos assaltantes, e, mais tarde até colocar em causa se teria havido assalto. E que faz o governo ? Não reage e tudo fica pendente de inquéritos e mais inquéritos. Marcelo vai tolerando, e, o verão vai seguindo, com mais ou menos incêndios até que o governo a 30 de Setembro decreta o fim da época de incêndios, tal como de época balnear se tratasse. O calor não para apesar da decisão do governo e teima em manter altas temperaturas, e, a 15 de Outubro nova tragédia, agora na zona centro e mais 47 mortos, centenas de casas e empresas e milhares de hectares de floresta são engolidas pelas chamas .
Marcelo perde a paciência, e, faz uma comunicação ao país, e dá um fortíssimo puxão de orelhas ao governo, quase demitindo em direto a Ministra. Finalmente o governo age e no dia seguinte, António Costa demite ou aceita a demissão como quiserem e lá se vai a Ministra da Administração Interna borda fora, com uma carta que demonstra que andou a mentir aos portugueses pois desde Julho que tinha pedido para sair e que António Costa também se envolveu na mentira. O Ministro da Defesa apenas espera que Marcelo volte ao assunto, e perca de novo a paciência, e, mais uma vez o governo só depois reagirá com um demissão que já devia ter acontecido, se o governo não fosse um governo de reação em lugar de ser com é seu dever um governo de ação. Havia muito para dizer, mas termino com um acontecimento com poucas horas de vida.
O jantar de encerramento da Web Summit no Panteão Nacional. Tudo correu maravilhosamente até que alguém se lembrou pasme-se de levantar uma questão. Um jantar no Panteão Nacional ? Jantar junto aos nossos maiores que repousam nos túmulos do Panteão Nacional ? Logo vem o 1º Ministro António Costa anunciar furioso, que irá legislar rapidamente, para que tal heresia jamais se repita, mais uma vez apenas por reação aos comentários. Mas não é o Panteão Nacional um monumento nacional que está debaixo da alçada do governo ? Será que a organização da Web Summit o fez clandestinamente ? Não esteve o governo nesse jantar, e não autorizou a sua realização nesse espaço por si gerido ? E tal tipo de eventos como o jantar de gala para os seus trabalhadores feito pela NAV (Navegação Aérea ), empresa publica, tutelada pelo Ministério do Planeamento, que se realizou também no Panteão Nacional em 16 de Outubro não foi devidamente autorizado ? Mais uma vez o governo em vez da ação, não autorizando os jantares no Panteão Nacional, toma uma atitude reagindo aos comentários desfavoráveis quanto à autorização dada prometendo a modificação da legislação para que não se repita tal tipo de evento no Panteão Nacional.
Um governo apenas de reação, e ,que usa e abusa de uma tal hipocrisia perante os factos consumados, fingindo apenas ser de ação.