António Fernandes |
Até pode parecer a mesma coisa, mas... não é.
E não é porque a renovação de matéria viva é um exercício complementar de tentar aligeirar o que é complexo. É tentar mudar através da renovação das mentalidades, um conjunto de valores que compões o "histórico" da memória individual e coletiva social. E que estes valores dêem lugar a outros valores que não podem colidir com o "histórico" referido. Como que, da anexação de um "upgrade" se trate. Sabendo nós que um "upgrade" é algo que se acrescenta. Que completa.
E não é porque a renovação de matéria viva é um exercício complementar de tentar aligeirar o que é complexo. É tentar mudar através da renovação das mentalidades, um conjunto de valores que compões o "histórico" da memória individual e coletiva social. E que estes valores dêem lugar a outros valores que não podem colidir com o "histórico" referido. Como que, da anexação de um "upgrade" se trate. Sabendo nós que um "upgrade" é algo que se acrescenta. Que completa.
Ora, renovar, não é propriamente um acrescento. Nem sequer um
complemento. Nem tão pouco um remendo.
Renovar é mudar. É tentar limpar tudo o que está para trás para renascer de umas cinzas quaisquer. É decepar uma árvore e esperar que ela rebente de novo. Que do seu cepo surjam novos rebentos. Simplesmente, a raiz a que se agarra, será a mesma a que, a anteriormente decepada já tinha.
Torna-se por isso difícil um qualquer processo de renovação propriamente dita. Embora essa renovação seja exequível. Como o tem mostrado todo o processo Histórico até ao pressente.
Presume-se por isso haver uma contradição discursiva. O que não é o caso. O que acontece é haver no Ser Humano uma condição seletiva da memória. Memória essa que guarda e transmite o seu saber de acordo com o motivo, o momento, o interesse ou outro fator de relevo para a mesma.
Criam-se assim ciclos de vida interligados mas com dinâmicas diferentes e conteúdos diferentes também. A geração seguinte apreende uma outra visão das coisas face a novas realidades provocadas por mudanças permanentes nos domínios da relatividade dessas mesmas coisas e que se prendem com o quotidiano.
Não há, por essa via, uma renovação efetiva o que há é a mudança do, ou de, indivíduo, num contexto de mudança generalizado e por isso de mudanças profundas nos conceitos das sociedades no tempo em que ocorrem.
Por seu lado, a inovação, tem como condição a criatividade. A ideia. O corpo. A forma.
Que curiosamente também traz um histórico de experimentalismo variado associado. Pode inclusivamente ter um processo de mutação similar a outros.
No entanto, difere no conteúdo.
A renovação mantém o conteúdo, a que dá forma diferente, renovando-o.
A inovação retira o conteúdo, para criar um novo conteúdo.
No essencial diferem na matéria orgânica. Num caso há vida. Noutro caso, não.
Esta condicionante, a da vida, é a "pedra filosofal" em que assenta a diferença entre a inovação tecnológica e a renovação das sociedades de forma a que se complementem no âmbito da oferta dos serviços que proporcionam - a inovação - e do consumo que procuram - a renovação.
São duas "forças" paralelas com andamentos diferentes. No tempo, na aceitação e na compatibilidade.
Enquanto que do lado da renovação existe um pendor conservador de hábitos, usos e costumes, e de tradiçao também, no sentido de apego à memória transitada.
Do lado da inovação essa questão não se coloca. A questão que se coloca é a da criação de alterações aos hábitos, usos e costumes, de forma a originar a necessidade ajustando-a ao consumo.
Renovar é mudar. É tentar limpar tudo o que está para trás para renascer de umas cinzas quaisquer. É decepar uma árvore e esperar que ela rebente de novo. Que do seu cepo surjam novos rebentos. Simplesmente, a raiz a que se agarra, será a mesma a que, a anteriormente decepada já tinha.
Torna-se por isso difícil um qualquer processo de renovação propriamente dita. Embora essa renovação seja exequível. Como o tem mostrado todo o processo Histórico até ao pressente.
Presume-se por isso haver uma contradição discursiva. O que não é o caso. O que acontece é haver no Ser Humano uma condição seletiva da memória. Memória essa que guarda e transmite o seu saber de acordo com o motivo, o momento, o interesse ou outro fator de relevo para a mesma.
Criam-se assim ciclos de vida interligados mas com dinâmicas diferentes e conteúdos diferentes também. A geração seguinte apreende uma outra visão das coisas face a novas realidades provocadas por mudanças permanentes nos domínios da relatividade dessas mesmas coisas e que se prendem com o quotidiano.
Não há, por essa via, uma renovação efetiva o que há é a mudança do, ou de, indivíduo, num contexto de mudança generalizado e por isso de mudanças profundas nos conceitos das sociedades no tempo em que ocorrem.
Por seu lado, a inovação, tem como condição a criatividade. A ideia. O corpo. A forma.
Que curiosamente também traz um histórico de experimentalismo variado associado. Pode inclusivamente ter um processo de mutação similar a outros.
No entanto, difere no conteúdo.
A renovação mantém o conteúdo, a que dá forma diferente, renovando-o.
A inovação retira o conteúdo, para criar um novo conteúdo.
No essencial diferem na matéria orgânica. Num caso há vida. Noutro caso, não.
Esta condicionante, a da vida, é a "pedra filosofal" em que assenta a diferença entre a inovação tecnológica e a renovação das sociedades de forma a que se complementem no âmbito da oferta dos serviços que proporcionam - a inovação - e do consumo que procuram - a renovação.
São duas "forças" paralelas com andamentos diferentes. No tempo, na aceitação e na compatibilidade.
Enquanto que do lado da renovação existe um pendor conservador de hábitos, usos e costumes, e de tradiçao também, no sentido de apego à memória transitada.
Do lado da inovação essa questão não se coloca. A questão que se coloca é a da criação de alterações aos hábitos, usos e costumes, de forma a originar a necessidade ajustando-a ao consumo.
Acresce aqui diferença substancial. A da memória que se aloja em
função de um quotidiano vivenciado. E a da memória que se aloja em "pacotes"
instantâneos.
A memória dinâmica e a memória estática. A memória Humana e a memória trabalhada pelos Humanos e alojada por estes num qualquer equipamento com função específica.
A memória dinâmica e a memória estática. A memória Humana e a memória trabalhada pelos Humanos e alojada por estes num qualquer equipamento com função específica.
Importa por isso apurar se renovar através da inovação, ou inovar
através da renovação, não assume figura de binómio porque há os lados positivo e
negativo em ambas as conjunturas que só se completam por necessidade.
Enquanto que o fio condutor de energia os separa na condução - o positivo do negativo - , e os une na ponta terminal para proporcionar a energia elétrica.
Enquanto que o fio condutor de energia os separa na condução - o positivo do negativo - , e os une na ponta terminal para proporcionar a energia elétrica.
É "nessa ponta" terminal que se afere uma crescente dependência do
Homem para com a máquina em todos os domínios sendo o de maior enfoque mediático
o da dependência dos sistemas informáticos. Seja no tratamento dos dados
alojados em plataformas informáticas de serviços diversos propiciadores de
comodidade funcional tanto para o fornecedor como para o cliente. Como na
dependência da recolha de informação diversificada, de entretenimento, e de
outras.
Desafia-se por isso a comunidade científica a ponderar seriamente
sobre quais as vertentes que estão a conduzir com celeridade assustadora aos
desequilíbrios das sociedades do presente, em que as soluções da massificação do
ensino superior, a saturação dos mercados de emprego, a desvalorização da
componente cultural a favor da componente técnica não são solução e estão a
penalizar os alunos e o País.
Havendo matérias de foco relevante para um contributo mais assertivo em domínios do foro filosófico e científico que preserve a vida e as pessoas.
Havendo matérias de foco relevante para um contributo mais assertivo em domínios do foro filosófico e científico que preserve a vida e as pessoas.