António Fernandes |
Bem tentaram os seus marinheiros içar velas para zarpar os dossiês que não conheciam. Tentaram também mudar a direção do leme. Simplesmente, o seu timoneiro não autorizou a manobra por entender poder abrir brecha na sua orientação dando azo a um possível motim.
O tempo mostrou que tinha razão e que mesmo encalhado, a voz de comando, é: a voz de comando!
Optou por manter a sua nau submersa e combater os fantasmas que sempre perseguiu usando os feitos dos citados como sendo seus para iludir as águas pouco profundas em que sempre navegou por não saber nadar e por isso o perigo de afogamento ser condição a ter em linha de conta.
Nada que o timoneiro não tivesse acautelado face aos marinheiros que lhe faziam companhia.
Foi um período da vida da cidade que não fará história tão só porque nada há digno desse registo.
A não ser pela negação do óbvio: Braga é aquilo que é graças ao trabalho dos seus sucessivos governos municipais desde 1975 a 2013.
Braga é assim, uma cidade encalhada no longínquo ano de 2013, com um timoneiro que não conseguiu mudar a tripulação de uma nau em que cada um rema de olho posto no outro.