António Fernandes |
Da penumbra que, diz o edil, invadiu Braga durante a quase totalidade
de anos de vida que tem, emergiu, findos esses anos todos, um fantasma que
assombrou os seus quatro anos de mandato ao ponto de o deixar de tal forma
amedrontado que, horrorizado com a claridade encontrada, nada fez.
E, como se não bastasse nada ter feito daquilo que prometeu fazer,
ainda conseguiu, através da penumbra, vislumbrar uns quantos esqueletos
resultantes de um imaginário fértil em terror, mas pouco criativo para convencer
os bracarenses a votarem nele de forma a conseguir destronar o "tirano" de então
em processo eleitoral democrático e viu, pese a penumbra que disse estar
instalada, as freguesias governadas por parceiros políticos crescer em pé de
igualdade com todas as outras freguesias. Coisa que não soube sequer imitar.
Na Câmara Municipal de Braga, ao que parece, quem presidiu durante os
últimos quatro anos, pelo que se depreende do resumo do discurso de apresentação
do candidato pela Coligação “Juntos por Braga” à presidência do município, foram
os fantasmas de uns certos esqueletos que nunca foram encontrados porque segundo
aquilo que disse: “O legado deste mandato é mais um orçamento para gerir do que
faturas para pagar”. Dito isto… fica tudo dito. Um discurso que espremido não
deixa pinga de sumo pondo à prova a capacidade improvisadora dos escreventes dos
jornais locais e outros.
Sobra uma outra metáfora: “Braga rasgou a escuridão”. Sem que se
saiba se Braga vai rasgar a escuridão em que esteve mergulhada nos últimos
quatro anos.
Falta ainda apurar se a escuridão referida pelo edil Ricardo Rio é
sua ou dos bracarenses que votaram em mesquita Machado durante trinta e sete
anos consecutivamente.
O que deixa uma duvida séria sobre em que penumbra o candidato terá
andado mergulhado uma vez que viu o seu rival de então atingir o limite de
mandatos entretanto introduzido em forma de Lei sem nunca perder uma eleição que
com ele, Ricardo Rio, disputou.
Só quando esse candidato não foi a votos é que a luz se lhe
acendeu?
No discurso de apresentação que fez, ficou a ideia de que anunciou um
inicio de ciclo que, presume-se, não terá iniciado em tempo útil, no ano de
2013, porque foi ele, Ricardo Rio, quem ganhou as eleições e não um fantasma
qualquer. Ou terão sido os fantasmas da casa a gerir as politicas correntes?
Em abono da verdade, assim parece ter acontecido.
Sabemos que andou atrás de uns esqueletos sem que se saiba com
clareza de quem e também sabemos que a imagem que encheu paginas de jornal como
sendo a do presidente da Câmara Municipal de Braga era a sua e não a do citado
fantasma.
Assim como sabemos que o atual edil nos deixa a cidade pior do que
quando a recebeu. Com, ou sem fantasmas!