António Fernandes |
Pedrogão Grande é uma localidade como dezenas de milhares de outras
localidades em Portugal umas com maior e outras com menor área geográfica.
Em Pedrogão, uma localidade em comunhão com o seu habitat essencialmente florestal, abandonada que foi a exploração agrícola nos moldes convencionais, aonde a propriedade é de pequena dimensão tipificada como sendo do minifúndio e que por isso está repartida por inúmeros proprietários o que dificulta, como no resto do País, o devido planeamento florestal e agrícola, no estrito respeito pelos direitos que cada um tem sobre aquilo que é seu.
Todos sabemos as dificuldades acrescidas que a proliferação de direitos e interesses causam em circunstancias extremas como o são, no caso, a limpeza das matas em zona florestal e dos silvados que tem vindo a tomar conta dos campos em abandono e outras zonas especificas como o são as casas abandonadas, e outros.
Sabemos das dificuldades económicas de um vasto setor de proprietários; da especulação imobiliárias que conduziu ao abandono; do desinteresse de proprietários que espreitam oportunidade de negócio; da manifesta impossibilidade de entendimento entre herdeiros em muitos casos o que impede a titularidade de parcela; do desleixo puro e simples; entre outros motivos que dificultam e impedem a prevenção;
Sabemos das soluções de algibeira que os eminentes comentaristas e demais demagogos nestas matérias propõe tentando marcar pegada em terreno que desconhecem, aonde a Lei, as incumbências e os direitos cívicos, falam mais alto que aquilo que é dito com a desfaçatez do costume, completamente à toa!
Sabemos das limitações da intervenção publica em domínio privado num estado de direito que privilegia a propriedade privada em detrimento do interesse público.
Simplesmente, quando uma calamidade atinge com vigor uma população ceifando vidas Humanas, o interesse público vem ao de cima sem que com esse despertar consiga colmatar o que quer que seja perante os escombros da hecatombe em que acorda.
Um acordar tardio por conjugação de diversos fatores que contribuem diretamente para que aquilo que é previsível seja tido como imprevisível e se pense não acontecer.
Simplesmente, em Pedrógão Grande, aconteceu.
Aconteceu sem aviso, como acontece com todas as calamidades.
Aconteceu de uma forma monstruosa, inimaginável, como sempre é deduzida quando há vidas Humanas que são ceifadas de forma inexplicável.
Tão inexplicável quão inexplicável é tudo aquilo que não conseguimos entender e muito menos assimilar em face de circunstâncias que… só confrontados com elas… lhes conseguimos percebemos o contorno e a dor…
Em Pedrogão, uma localidade em comunhão com o seu habitat essencialmente florestal, abandonada que foi a exploração agrícola nos moldes convencionais, aonde a propriedade é de pequena dimensão tipificada como sendo do minifúndio e que por isso está repartida por inúmeros proprietários o que dificulta, como no resto do País, o devido planeamento florestal e agrícola, no estrito respeito pelos direitos que cada um tem sobre aquilo que é seu.
Todos sabemos as dificuldades acrescidas que a proliferação de direitos e interesses causam em circunstancias extremas como o são, no caso, a limpeza das matas em zona florestal e dos silvados que tem vindo a tomar conta dos campos em abandono e outras zonas especificas como o são as casas abandonadas, e outros.
Sabemos das dificuldades económicas de um vasto setor de proprietários; da especulação imobiliárias que conduziu ao abandono; do desinteresse de proprietários que espreitam oportunidade de negócio; da manifesta impossibilidade de entendimento entre herdeiros em muitos casos o que impede a titularidade de parcela; do desleixo puro e simples; entre outros motivos que dificultam e impedem a prevenção;
Sabemos das soluções de algibeira que os eminentes comentaristas e demais demagogos nestas matérias propõe tentando marcar pegada em terreno que desconhecem, aonde a Lei, as incumbências e os direitos cívicos, falam mais alto que aquilo que é dito com a desfaçatez do costume, completamente à toa!
Sabemos das limitações da intervenção publica em domínio privado num estado de direito que privilegia a propriedade privada em detrimento do interesse público.
Simplesmente, quando uma calamidade atinge com vigor uma população ceifando vidas Humanas, o interesse público vem ao de cima sem que com esse despertar consiga colmatar o que quer que seja perante os escombros da hecatombe em que acorda.
Um acordar tardio por conjugação de diversos fatores que contribuem diretamente para que aquilo que é previsível seja tido como imprevisível e se pense não acontecer.
Simplesmente, em Pedrógão Grande, aconteceu.
Aconteceu sem aviso, como acontece com todas as calamidades.
Aconteceu de uma forma monstruosa, inimaginável, como sempre é deduzida quando há vidas Humanas que são ceifadas de forma inexplicável.
Tão inexplicável quão inexplicável é tudo aquilo que não conseguimos entender e muito menos assimilar em face de circunstâncias que… só confrontados com elas… lhes conseguimos percebemos o contorno e a dor…
O que aconteceu em Pedrógão Grande será socialmente ultrapassado e no
seio das famílias afetadas guardado para sempre.
Será recordado como uma tragédia que podia e devia ter sido evitada porque os meios existiam, a legislação preventiva também e, a segurança de pessoas e bens é vontade de todos.
Será recordado como uma tragédia que podia e devia ter sido evitada porque os meios existiam, a legislação preventiva também e, a segurança de pessoas e bens é vontade de todos.
E… se em Pedrógão Grande o tempo necessário para sarar as feridas e
estabilizar emoções será longo.
No resto do País, o tempo necessário para encontrar soluções para situação de risco idêntico é demasiado curto.
No resto do País, o tempo necessário para encontrar soluções para situação de risco idêntico é demasiado curto.