26/05/2017

O conhecimento não tem limites



António Fernandes 
O conhecimento está sempre no limiar dos limites dos tempos dos acontecimentos e do histórico lavrado em cada era de que não se sabe com precisão o real estádio por incerteza permanente sobe os acontecimentos seguintes em face da possibilidade candente de ocorrência de alteração como o comprovam os registos factuais da História Universal. Da Humanidade e do meio. E de tudo aquilo que em sua volta gira mesmo que com perversão tenha havido inversão total do conceito em que é - devia ser - a Natureza o centro sobre que gira a vida do Planeta que é uma ínfima parte do Universo - que desconhecemos - e não os Humanos que com pragmatismo tem, de facto, o domínio sobre o meio.
O que é certo é que tem sido a Humanidade a provocar as alterações mais significativas no Planeta ao ponto de lhe condicionar a vida em todos os domínios através das alterações que lhe tem vindo a implementar. Umas por manifesta necessidade e outras puramente surreais.
Assim sendo, há sempre no horizonte do Homem, uma nova perspetiva de olhar a politica, enquanto ciência que se debruça sobre a organização das sociedades, em que os acontecimentos por motivos diversos influem com maior ou menor incisão na sua delineação nuns casos e efetivação noutros casos, consoante os interesses em disputa, de que as consequências são os efeitos, entre os quais as nefastas sombras que os holocaustos, de todas as espécies, incrustaram em gerações de homens e de mulheres que foram direta e indiretamente afetados ao longo das suas vidas e por intermédio destes, as sociedades, mas que tendem a diluir-se consoante a natural mudança de protagonistas se vai operando por motivos naturais e culturais também, no Planeta, em que uma zona do globo se tem destacado por ebulição constante nos seus tecidos social, ambiental e demais fatores com predomino para os fatores de beneficio artificiais  em desfavor dos fatores de risco naturais, sempre manipulados pela espécie Humana aonde os níveis de qualidade de vida atingiram patamares nunca antes atingidos e só preconizados por alguns. A Europa.
Entretanto, com os novos tempos, tempos de mudança profunda nos paradigmas estruturais, em que a relação de valores sofreu alterações ao longo dos tempos em que cada geração viveu, o cidadão comum de hoje, acossado pelos efeitos do desenvolvimento que o obrigam a tornar sedentário extremado, tende a refugiar-se no seu atual meio natural que é a sua família, ou o seu núcleo mais restrito de amigos, entre outra qualquer forma corrente enraizado como hábito. Sendo que o emprego de hoje se localiza em ambiente fechado com ciclos de horários fixos e exigente compenetração deixando pouco espaço à socialização necessária. Ou seja; as condições de vida de hoje libertaram a criatividade, mas “prenderam” num habitat restrito, a sua mola propulsora. O Homem.

Todos os tempos tem sido tempos de mudança. No entanto, há a necessidade de registar que o tempo de duração de cada era sempre foi diferente por motivos que reportam à era em causa. Mesmo assim, houve mudanças. No entanto, há uma tendência natural para a dramatização da realidade contemporânea por ser essa realidade aquela como que os anfitriões de gerações diferentes se confrontam e defrontam na era presente.
Há inclusive, uma ideia corrente de que as gerações anteriores tiveram a vida facilitada (finais do seculo XX e inicio do seculo XXI) em que o emprego era estável e para a vida, como se os progenitores não tivessem tido dificuldades idênticas às dificuldades atuais.
É por isso de todo o interesse refletir sobre esta falta de informação entre gerações próximas.
Quiçá o conhecimento disponibilizado às gerações atuais não seja tão aprofundado quanto aquilo que se garante, havendo um défice formativo, versus informativo, que culmina num fosso demasiado alargado entre gerações na partilha daquilo que se convenciona por História, focado quase em exclusividade na profissionalização, omitindo informação intermédia essencial ao saber sobre como conseguimos, todos nós, chegar até aqui. Ano de dois mil e dezassete. Sem grandes convulsões sociais em que a guerra é sempre o fim da linha.
Sem estes elementos fulcrais que passam por saber o curso da historia das sociedades e das civilizações a lacuna aberta é demasiado grave e já mostra os seus efeitos nefastos no discurso e no comportamento social assim como na movimentação social politicamente desorganizada e, pior do que isso, a questionar com veemência a organização existente sem abrir portas para uma organização nova que seja consistente e garanta a concórdia e a paz social na Europa e no Mundo.
Não há um pensamento transversal sobre o que se quer para um futuro que acontece tal e qual aconteceu no passado. Sempre em mudança!