15/12/2016

Ontem, foi assim



António Fernandes 
Ontem pode ser o que cada um de nós ajuizar como definição primeira, ou ultima, ou… quiçá… intermédia, de um espaço de tempo no tempo de uma vida em que esse espaço temporal pode até ser, por ventura, presente.
O, ontem, foi assim. É uma formula por definição de analise objetiva, que se presume referente ao passado.
No entanto, também pode ser uma alegoria comparativa com o presente ou o futuro. Porque, se ontem, choveu, hoje também pode chover, e amanhã choverá também, com certeza.
Nós os Homens, temos um ontem demasiado longo no tempo, um presente demasiado curto, e um futuro que desconhecemos.
Mas se ontem, a nossa história, foi assim. A que nos transmitiram. Hoje, somos nós que a fazemos e por isso somos responsáveis.
Jean-Paul Sartre na sua obra sobre o existencialismo defende que o Homem é o primeiro responsável pelos seus atos e as suas consequências. Motivo perlo qual é razoável pensar-se que no seu tempo o Homem não assumia essa responsabilidade.
Outros pensadores houve, nesta vertente do “ontem, foi assim” que por insatisfação com esse mesmo ontem preconizaram a necessidade premente em mudar o rumo das coisas (a organização das sociedades encarregues de assegurar a vida) fazendo escola e alicerçando o seu presente que nos conduziu ao futuro atual e que nos forja para o futuro que queremos desde que, assumamos essa responsabilidade individual num todo coletivo em que o hoje e o amanhã são da nossa inteira responsabilidade.
Eu não sei se o ontem foi melhor ou pior do que aquilo que é o hoje. Porque uma abordagem séria ao ontem obriga a um exercício mental impossível de realizar por completo desconhecimento das regras circunstâncias de vida, no tempo.
O que reporta a expectativa do Homem sobre a felicidade para o angulo do desconhecido sendo que a História escrita não relata a vida da sua célula elementar que é a família.
Ontem, foi assim.
Em Belém, na Judeia, nasceu Jesus Cristo. O Messias. O esperado. O Salvador. O filho de Deus.
Hoje, é assim.
O Natal é sempre que o Homem quiser.
Amanhã, é assim.
Continuará a haver Natal porque a economia é mais importante para o Homem do que a figura ilustre e de líder de Jesus Cristo, O Nazareno, Rei dos Judeus