03/12/2016

FAZER POLÍTICA, EXERCER CIDADANIA



“ Há coisas muito piores que a política: a inveja, a ira, a mesquinhez, a inverdade…a política é uma atividade nobre, o que não tem é bons protagonistas. Por vezes é mal frequentada…”
Joaquim Jorge, membro fundador do Clube dos Pensadores

A política é, na verdade, uma atividade que não merece ser subestimada, reconfortante quando bem exercida, um combate cívico pela dignificação e bem-estar do ser humano. Fazemos política momento a momento, quando nos preocupamos com a educação dos nossos filhos, quando lutamos por um ensino de exigência e qualidade, quando vamos para a rua protestar por condições de vida mais condignas, quando procuramos ajudar instituições que têm por missão ajudar os mais desfavorecidos, quando nos revoltamos com o que se passa atualmente em países como a Síria e com as atrocidades do Estado Islâmico, quando nos preocupamos com o problema dos refugiados, quando praticamos uma boa ação em prol do próximo. Ao efetivo exercício da cidadania estará sempre ligado um ato político de maior ou menor dimensão. A política não é e nem pode ser apenas aquilo que se passa nos corredores da Assembleia da República, nos partidos políticos ou nas organizações sindicais que lutam pelos direitos dos trabalhadores. Fazer política é lutar por ideais, é lutar por pessoas, é lutar por termos instituições de melhor qualidade e melhores serviços, é denunciar situações absurdas e abjetas. Fazer política é aquilo que faz e bem o CLUBE DOS PENSADORES personificado na pessoa do seu fundador, Joaquim Jorge, ao realizar um conjunto de iniciativas dirigidas ao País e dando voz ao cidadão comum e à sociedade civil. Propondo ideias, denunciando situações, chamando a atenção para o que não está bem e procurando intervir sempre no sentido da melhoria e da mudança. Acima de tudo temos que ter consciência que existiu, existe e existirá sempre formas erradas e profundamente desonestas do exercício da Política, mas que quando bem exercida, será sempre algo de nobre e digno. E para que isso aconteça é necessário que os seus protagonistas – os políticos - a exerçam com responsabilidade, sentido de Estado, seriedade e procurando servir com dignidade os cargos que exercem ou para os quais foram eleitos. Só assim se credibilizará a Política, tornando-a um instrumento de mais-valia, acrescentando-lhe sempre algo a somar e não a diminuir. E para que a sociedade se reconcilie com a Política e com os políticos é necessário que a seriedade e a honestidade sejam referências basilares no exercício do Poder. Infelizmente os maus exemplos têm sido o pão nosso de cada dia nestas últimas décadas em Portugal e terão sido eles os responsáveis das desgraças continuadas que se abateram sobre nós, muito por via da sua incapacidade, desonestidade e incompetência.

Daniel Braga