António Fernandes |
Tenho para mim que o alcance do verbo e da palavra naquilo que temos
como sendo a discussão politica se deve reger pelas mais elementares regras de
bom senso.
Bom senso que passa pelo respeito que devemos ter para com todos os nossos adversários políticos, independentemente da sua orientação ideológica, desde que se enquadrem no espaço social das democracias como tal reconhecidas e de acordo com a Carta Internacional dos Direitos Humanos / Declaração Universal dos Direitos do Homem que no primeiro considerando do seu Preambulo e no seu primeiro Artigo, diz o seguinte:
- “Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo;”
- “Artigo 1: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.”
Nesse sentido, a abordagem de toda e qualquer discordância deve ser assumida com altruísmo, contrapondo a nossa razão, que pensamos mais correta por estar em consonância com a razão de um maior numero de cidadãos na defesa de pontos de vista e de interesses comuns, e por isso da comunidade em geral. De aonde devemos sustentar aquilo que sobressai em favor do individual; do compadrio; da subserviência; do favor; da vaidade desmedida; da prepotência; e demais formas que violam os princípios acima enumerados.
Daí que, a razão conclua: de nada adianta a alguém colocar-se em bicos de pés porque não é por isso que fisicamente vai crescer; de nada adianta a alguém insultar outrem porque o insulto tem orelhas moucas; de nada adianta maldizer outrem porque a maledicência gera sempre animosidade; de nada adianta falar alto para outrem porque esse outrem não é mouco; de nada adianta querer ser diferente de outrem quando o resultado é ser, para pior; de nada adianta andar em sentido contrário ao senso comum quando se sabe que é esse senso comum que dita as regras da conduta daquilo que deve ser a razão superior que põe em causa as razões incomuns de alguns.
A peleja entre organizações politicas partidárias deve por isso cingir-se aos objetivos que visam: O modelo de sociedade que preconizam; o suporte ideológico com que fundamentam esse modelo; as garantias que o modelo preconizado assegura aos cidadãos comuns; naquilo que toca ao posicionamento politico dos interesses, segundo os padrões estabelecidos, dirimir argumentos condicentes e, convincentes!
Não seguir estes procedimentos é não saber estar na politica e, pior do que isso, é prestar um mau serviço a uma causa nobre que para além da sua função civilizacional – a da organização das sociedades – visa também, a defesa intransigente de valores e de referências que fazem com que a vida de todos possa ser melhor. Mais equilibrada. Mais Justa. Mais fraterna. Mais feliz!
*chefe de serviços transportes no grupo Alstom Alcatel Lucente.
Bom senso que passa pelo respeito que devemos ter para com todos os nossos adversários políticos, independentemente da sua orientação ideológica, desde que se enquadrem no espaço social das democracias como tal reconhecidas e de acordo com a Carta Internacional dos Direitos Humanos / Declaração Universal dos Direitos do Homem que no primeiro considerando do seu Preambulo e no seu primeiro Artigo, diz o seguinte:
- “Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo;”
- “Artigo 1: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.”
Nesse sentido, a abordagem de toda e qualquer discordância deve ser assumida com altruísmo, contrapondo a nossa razão, que pensamos mais correta por estar em consonância com a razão de um maior numero de cidadãos na defesa de pontos de vista e de interesses comuns, e por isso da comunidade em geral. De aonde devemos sustentar aquilo que sobressai em favor do individual; do compadrio; da subserviência; do favor; da vaidade desmedida; da prepotência; e demais formas que violam os princípios acima enumerados.
Daí que, a razão conclua: de nada adianta a alguém colocar-se em bicos de pés porque não é por isso que fisicamente vai crescer; de nada adianta a alguém insultar outrem porque o insulto tem orelhas moucas; de nada adianta maldizer outrem porque a maledicência gera sempre animosidade; de nada adianta falar alto para outrem porque esse outrem não é mouco; de nada adianta querer ser diferente de outrem quando o resultado é ser, para pior; de nada adianta andar em sentido contrário ao senso comum quando se sabe que é esse senso comum que dita as regras da conduta daquilo que deve ser a razão superior que põe em causa as razões incomuns de alguns.
A peleja entre organizações politicas partidárias deve por isso cingir-se aos objetivos que visam: O modelo de sociedade que preconizam; o suporte ideológico com que fundamentam esse modelo; as garantias que o modelo preconizado assegura aos cidadãos comuns; naquilo que toca ao posicionamento politico dos interesses, segundo os padrões estabelecidos, dirimir argumentos condicentes e, convincentes!
Não seguir estes procedimentos é não saber estar na politica e, pior do que isso, é prestar um mau serviço a uma causa nobre que para além da sua função civilizacional – a da organização das sociedades – visa também, a defesa intransigente de valores e de referências que fazem com que a vida de todos possa ser melhor. Mais equilibrada. Mais Justa. Mais fraterna. Mais feliz!
*chefe de serviços transportes no grupo Alstom Alcatel Lucente.