Pires de Lima foi fulminante contra o atual Governo PS que
vai colocar novamente Portugal na rota do défice excessivo. EM contrapartida,
disse, o governo de PPC deixa um legado histórico de contas externas positivas
pela primeira vez em várias dezenas de anos. Criticou de forma contundente a
desvalorização que o PS fez à competitividade das empresas, remetendo a uma
Secretaria de Estado a diplomacia económica, por alguém que ninguém sabe quem
é. De facto o PS ao apostar tudo no consumo privado, vai dar a sensação de
crescimento e bem estar, que é falso e sol de pouca dura, regressando de novo à
pobreza deixada pelo anterior governo PS.
Pires de Lima disse que só há crescimento conjugando 3
fatores importantes: o consumo privado, as exportações e o investimento. Para
haver investimento é preciso estabilidade nas políticas e confiança. Como é que
pode haver confiança num governo que rasga contratos? Como é possível haver
confiança dos investidores (únicos a poderem gerar empregos) num Governo que
não cumpre com contratos? De facto PL tem razão. Rasgar os contratos é pior e
mais demolidor que os erros cometidos eventualmente, nos contratos de
concessão. Esta posição do PS só acontece porque está a reboque do PCP
(anquilosado e a cheirar a mofo).
Sentiu-se que Pires de Lima está muito ressentido como
António Costa atingiu o poder, pois o povo Português não votou neste governo,
defraudando o eleitorado. Ou seja, António Costa ganhou o jogo na secretaria.
Manter-se-á enquanto os seus aliados extremistas quiserem. Erros que estão a
cometer ao desfazer o que estava aprovado serão caros a Portugal. A começar na
educação ao abolir os exames e as retenções de alunos não preparados. Neste
caso eu até sou mais radical: o PS está a cometer um crime e mais um
experimentalismo na educação. Os alunos que não têm conhecimentos devem ficar
retidos (reprovados em boa linguagem portuguesa) para que possam recuperar no
ano seguinte e, sobretudo, poderem depois acompanhar as matérias dos níveis
mais elevados. Ao não reter, os alunos não só não sabem a matéria do ano em que
deveriam reprovar, como não têm condições de acompanhar as novas matérias,
desmotivando-os cada vez mais. Quem enterra o futuro do país desta maneira
criminosa deveria responder pelo crime cometido.
O formato deste debate foi diferente dos demais por ser o
100º. Após a prelação de Pires de Lima, Joaquim Jorge fez uma síntese destes
dez anos, que é obra, manifestando desejo de terminar os debates no próximo mês
de Março, porque se sente cansado, dado que é stressante manter vivo um fórum
com este nível em que a fasquia está sempre a subir. Só se houver mudanças e
mais apoios é que JJ vai rever esta posição anunciada. Seguidamente Joaquim
Jorge convidou este escriba para umas palavras, que comparou o CdP a uma moto:
tem tudo para cair, pois só tem 2 rodas, mas não cai. Vai sempre em frente, tal
como o CdP com JJ ao volante, uma marca de elevado prestígio em Portugal, que é
para continuar. A força do Clube é já superior ao desejo do seu fundador. Seguiu-se
a Vereadora da CM Gaia, Mecês Ferreira que enalteceu o Clube como símbolo de
liberdade e cidadania que muito faz falta e que deve continuar. Depois falou a
Diretora do Hotel, Mónica Gonçalves que sintetizou o perfil de JJ, que faz o
que faz com paixão e amor. O seu alegado mau feitio decorre desse desejo de
fazer por amor e pelos outros, com o espírito da pessoa de bom coração, que é e
que não acredita que JJ desista, porque não existe essa palavra em JJ, que é
perseverante, combativo e corajoso, e, também generoso, porque dá aos outros
muito de si.
E pela Plateia falou João Vieira que reconheceu a
importância de JJ para que o CdP seja o que é. Com efeito, JJ é um DDT, não o
dono disto tudo, como o outro, mas também é, porém o Dirigente Disto Tudo e
reforçou a continuidade do CdP na modalidade que JJ imprimir.
Um belo debate, diferente, com vários recados que António
Costa deveria ouvir e meditar para evitar dar mais tiros nos pés como fez na
campanha eleitoral, e ele sabe bem do que falo.
Mário Russo |
Parabéns Joaquim Jorge e obrigado por nos propiciares o
prazer que é estar e viver as atividades do CdP. Sem as centenas de membros
incógnitos que teimam em estar sempre presentes, seria muito difícil haver CdP,
mas seguramente sem JJ é que simplesmente não haveria mesmo Clube. Vida longa
ao Clube e a Joaquim Jorge, para o que concito os membros a empenharem-se no
apoio efetivo ao Clube. Um pouco de cada um já seria o suficiente para as
necessidades financeiras do Clube, eventualmente para mais atividades. Bastava
10 cafés por mês de todos os membros para se manter a chama viva e incrementar
as atividades e o seu alcance.