Andam a brincar
com os professores, pais e alunos! Entrou um projecto de lei na Assembleia da
República, para que em 2016, acabem com os exames do 4.º ano.
Andou-se
apregoar que é importante aferir conhecimentos, ao longo do percurso escolar do
aluno. No decurso da nossa democracia acabou-se com os exames, voltou-se a ter
exames e agora querem acabar de novo com os exames.
Sempre a
mudar as regras de avaliação durante a vida escolar de um aluno. Aluno que
entrasse no 1ºano as regras de avaliação até à chegada da Universidade não poderiam
ser alteradas. Ponto! Não podemos ter alunos licenciados: em que uns fizeram
exames, outros não; uns aprenderam de uma maneira , outros de outra; uns alunos fizeram exames com umas condições mais
favoráveis , outros com condições mais desfavoráveis.
Os alunos
não são cobaias de experimentação como se estivessem num laboratório. São seres
humanos que têm "quereres", " vontades"," sentimentos"
e que exigem ser tratados de igual modo.
Não
compreendo porque se querem terminar com os exames do 4.ºano. Era um bom
tirocínio e forma de ganhar traquejo para novas avaliações, mais para a frente.
Poderia haver alguns ajustamentos nos moldes em que são realizados, mas, de repente,
acabar com os exames não concordo.
Não devem
ser feitas alterações legislativas com o ano a decorrer e ao longo do percurso
escolar do aluno: desde o 1.ºano até ao 12.ºano. Deveria existir uma lei que
não o permitisse fazer. Deste modo, professores, pais e alunos sabiam com o que
poderiam contar e preparar-se para essa tarefa espinhosa e nobre de fazer com
que os filhos e alunos aprendam e adquiram conhecimentos para o seu futuro na
sua vida.
Sou a favor
de um reescalonamento do calendário escolar. Em que as aulas lectivas comecem
no início de Outubro que permita o normal funcionamento numa Escola com a colocação
de professores e pessoal auxiliar. As aulas começam em Setembro pela pressão do
ensino particular que desta forma recebem a mensalidade de Setembro e por
pressão dos pais que não têm onde deixar os filhos. O ensino particular já
recebe subsídios que chegue. Os pais, deste modo, poderiam tirar férias em Setembro,
mais baratas e menos stress, com
menos gente comparado com Agosto.
O regime de pausas
pedagógicas está correcto: pausa no Natal, Carnaval, Páscoa. O ano escolar deve
terminar no início de Junho e permitir a preparação para os exames que se devem
continuar no 4.ºano. 6.ºano, 9.ºano e 12.ºano. Assim como a calendarização
espaçada dos diferentes exames e acompanhamento dos professores.
A exigência
e criar hábitos de trabalho e de avaliação de conhecimentos , deve ser
entendido não como um drama ou fatalidade , mas como algo natural e importante
para a edificação da personalidade do aluno.
*artigo de opinião publicado no PORTO 24