22/09/2015

CIVA (Centro de Investigação da Vida Alheia)




 1 - A CM Gaia cria via alternativa na A29, vai fazer uma estrada para fugir aos pórticos. Uma boa notícia para quem mora ali perto, mas também, para quem vai para Aguda ou Granja. Um bom investimento e que consegue contornar uma medida do Governo Central. Esta forma de gastar dinheiro para o bem comum é de aplaudir.
2 - O ano escolar está a começar e a Câmara de Gaia vai dar manuais escolares a todos os alunos do 1.º ciclo e os livros de português e história aos do 2.º ciclo, num investimento de 860 mil euros. Uma boa iniciativa, na linha do que fazia Luís Filipe Menezes. Esta forma de gastar o dinheiro é sempre de aplaudir na ajuda a famílias com menores recursos. A educação deve ser para todos.
3 - Recentemente foi publicado uma revista da CM Gaia. Essa revista tinha como título Gaia 2014-2015. Uma revista ou encarte pagos com dinheiros públicos devem procurar ser equilibrados, plurais e transversais. Foi o que aconteceu. Não foi uma revista laudatória do presidente, nem excesso de adjectivação sobre actividade autárquica.
4- Gostei de ver, dar espaço à oposição, todavia esse espaço estava misturado com forças que estão no executivo. No meu entender não tem cabimento haver artigos de opinião do PS e de Juntos por Gaia que já fazem parte do executivo. Seria importante, no futuro haver um espaço, que não tem que ser necessariamente nas últimas páginas, para os vereadores da oposição, para o PSD, CDS, BE e CDU.
5 - A meu ver, o espaço dado ao presidente da Assembleia Municipal deve ser publicado na parte institucional. A Assembleia Municipal é um órgão deliberativo e não executivo.
6- A oposição por outro lado acho que não aproveitou da melhor forma este espaço. Deve-se falar de políticas alternativas, dizerem o que estão a fazer e sugerir novas ideias para Gaia.
7 - A CM Gaia poderia aproveitar a lei em vigor e reduzir a taxa de IMI, que é actualmente de 0,46%, das mais altas do país. Eu optaria como fez a CM Sintra que vai descer de 0,39% para 0,37% o IMI, recusando a proposta do Governo de uma redução apenas para famílias com filhos. Há muitos idosos que vivem sozinhos e que têm muitas dificuldades para pagar este imposto que aumentou brutalmente.
8- A Associação Oliveirense de Socorros Mútuos está a fazer um edifício para um Lar de Idosos mas esta obra está num impasse burocrático. Seria importante o desbloqueio desta situação pela CM Gaia que se arrasta há algum tempo, para benefício dos idosos. Aliás, havia gente do actual executivo da CM Gaia, na anterior direcção desta Associação. Deste modo mais uma razão para se resolver este imbróglio.
9 - Seria importante no futuro nos passadiços junto à orla marítima criar espaços, por exemplo, de 2 em 2 Km com zonas para beber água e fazer exercícios. Tornar o passadiço também uma espécie de circuito de manutenção para quem o queira.
10 - No plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano, relativamente à mobilidade é fundamental em Gaia criar-se amplas zonas de estacionamento em função do Metro. Gaia tem um défice enorme de estacionamento. Mobilidade também passa por articular meios de transportes.
11 - Penso sempre quando escrevo este artigo de opinião. Desta vez, vou tentar escrever só bem de Gaia, mas é impossível. Dão-me sempre azo a dizer mal.
12 - A CM Gaia vai lançar um concurso para o Mercado da Beira-Rio. Em vez de apostarem no comércio tradicional podem ser criadas áreas de restauração. Já me chega o Mercado de Bom-Sucesso com excesso de restaurantes e um péssimo exemplo. Ter uma área de exposições, procurar manter o comércio que existe e fomentar mais comércio tradicional, é o que deve ser feito. Como costumo dizer adoro mercearias estou farto de supermercados.
13 - A reabilitação não passa por apagar o que é património municipal. Não devemos imitar e copiar o que outros fizeram mal. Devemos manter serviços de proximidade e que se enquadram na zona que é histórica.
14- Espero ansiosamente o relançamento do jornal Audiência, com pujança e força. Um jornal que faz falta a Gaia e não só. A muitos leitores e que se revêem no seu jornalismo de proximidade.

Joaquim Jorge 
*artigo de opinião publicado no jornal Audiência