11/08/2015

Esbanjamento, falta de exemplo e fuga aos impostos




Li no Dinheiro Vivo que quatro entidades públicas gastaram quase 1,5 milhões de euros em regalias ilegalmente! Gostava de saber quais são.

Estas quatro entidades auditadas pela IGF ( Inspecção Geral das Finanças) no ano passado gastaram um total de 1,329 milhões de euros em pagamentos de remunerações, benefícios e regalias sem previsão legal ou em desconformidade com a previsão.

A IGF detectou um total de 45,7 milhões de euros em processos irregulares da administração pública no ano passado e propôs correcções que podem levar a poupanças de 627 milhões de euros aos cofres do Estado.

Outra situação detectada pela IGF em 2014 é o caso de 113 aposentados com acumulação de funções públicas remuneradas, envolvendo o pagamento irregular de pensões ou rendimentos de actividade no valor global estimado de 900.000 euros.

A IGF considera que o sector das execuções fiscais continua a ser extremamente preocupante, quer em termos de carteiras de dívida pendente não suspensa (tramitável) e da pendente por motivos judiciais, mas também pelo significativo valor da dívida que vem prescrevendo e do elevado insucesso (+50%) da Autoridade Tributária no âmbito do contencioso gerado com os contribuintes.

No final de 2012 o valor da dívida executiva pendente ascendia a 17,8 milhões de euros, dos quais 3,4 milhões estava já declarada com falhas.

Há situações de potenciais irregularidades de cerca de 217 milhões de euros por omissões à matéria colectável/rendimento tributável de imposto sobre o rendimento [IRS e IRC] e base tributável de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).

O regabofe continua. O Estado não dá o exemplo, gasta demais e poderia poupar esse dinheiro para bem de todos e de quem mais precisa, Por outro lado, quem tem dívidas joga com a morosidade da justiça para não pagar., Por fim, outros omitem ganhos para não pagarem impostos.

Que venha o diabo e escolha entre governantes e portugueses em falta com os seus deveres de pagarem impostos.

Deste modo, estas são  das maiores lacunas que obstam ao progresso do nosso país  O esbanjamento , a falta de exemplo de quem dirige, e por fim, o chico-espertismo de fuga aos impostos.Uma questão de mentalidade que pode levar ao nosso fim. 

A vida airada  mantém-se , o abuso e passar os limites. Razão tinha Júlio César quando afirmou ; "há nos confins da Ibéria um povo que nem se governa nem se deixa governar".

Por este andar Portugal e os portugueses têm tendência a desaparecer. Se fosse mais novo, emigrava para um país em que tudo funcionasse de outra forma. Por exemplo, Finlândia, Suécia. Eu por vezes tenho vergonha de viver em Portugal , pelos muitos que nos têm dirigido, e também, pelos muitos que fogem aos impostos e usam todo o tipo de artimanhas para daí tirar vantagem.

JJ