Li no Dinheiro Vivo que quatro entidades públicas gastaram quase 1,5 milhões de euros em regalias ilegalmente! Gostava de saber quais são.
Estas quatro entidades auditadas pela IGF ( Inspecção Geral das Finanças) no ano passado gastaram um total de 1,329 milhões de euros em pagamentos de remunerações, benefícios e regalias sem previsão legal ou em desconformidade com a previsão.
A IGF detectou um total de 45,7 milhões de euros em processos irregulares da administração pública no ano passado e propôs correcções que podem levar a poupanças de 627 milhões de euros aos cofres do Estado.
Outra situação detectada pela IGF em 2014 é o caso de 113 aposentados com acumulação de funções públicas remuneradas, envolvendo o pagamento irregular de pensões ou rendimentos de actividade no valor global estimado de 900.000 euros.
A IGF considera que o sector das execuções fiscais continua a ser extremamente preocupante, quer em termos de carteiras de dívida pendente não suspensa (tramitável) e da pendente por motivos judiciais, mas também pelo significativo valor da dívida que vem prescrevendo e do elevado insucesso (+50%) da Autoridade Tributária no âmbito do contencioso gerado com os contribuintes.
No final de 2012 o valor da dívida executiva pendente ascendia a 17,8 milhões de euros, dos quais 3,4 milhões estava já declarada com falhas.
Há situações de potenciais irregularidades de cerca de 217 milhões de euros por omissões à matéria colectável/rendimento tributável de imposto sobre o rendimento [IRS e IRC] e base tributável de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).
O regabofe continua. O Estado não dá o exemplo, gasta demais e poderia poupar esse dinheiro para bem de todos e de quem mais precisa, Por outro lado, quem tem dívidas joga com a morosidade da justiça para não pagar., Por fim, outros omitem ganhos para não pagarem impostos.
Que venha o diabo e escolha entre governantes e portugueses em falta com os seus deveres de pagarem impostos.
Deste modo, estas são das maiores lacunas que obstam ao progresso do nosso país O esbanjamento , a falta de exemplo de quem dirige, e por fim, o chico-espertismo de fuga aos impostos.Uma questão de mentalidade que pode levar ao nosso fim.
A vida airada mantém-se , o abuso e passar os limites. Razão tinha Júlio César quando afirmou ; "há nos confins da Ibéria um povo que nem se governa nem se deixa governar".
Por este andar Portugal e os portugueses têm tendência a desaparecer. Se fosse mais novo, emigrava para um país em que tudo funcionasse de outra forma. Por exemplo, Finlândia, Suécia. Eu por vezes tenho vergonha de viver em Portugal , pelos muitos que nos têm dirigido, e também, pelos muitos que fogem aos impostos e usam todo o tipo de artimanhas para daí tirar vantagem.
JJ