01/05/2014

Governo alivia sector público





O governo finalmente percebeu que tem que distribuir o mal pelas aldeias. O esforço da austeridade deve ser distribuído por todos e não somente pelos funcionários públicos. É mais que justo e de elementar justiça não sacrificar sempre os mesmos. 

Infelizmente esse alívio aparente e  essa "prenda",verifica-se  porque o governo vai buscar dinheiro ao IVA sobe 0,25% e à TSU a contribuição que os trabalhadores fazem para o sistema de previdência social, aumenta 0,2, passa a ser de 11,2%.

Há um novo aumento de impostos para todos e alguns vão beneficiar do exagero que foi o constante ataque aos funcionários públicos, vão 20% dos cortes aplicados aos seus salários serem repostos. Os pensionistas vão deixar de pagar a Contribuição  Extraordinária de Solidariedade (CES) e passam a pagar uma nova Contribuição de Sustentabilidade, grosso modo, será metade da CES.

Sempre disse que todos os portugueses devem pagar a crise, sem distinção entre público e privado, patrões e empregados, trabalhadores e desempregados.

Só deste modo podemos chegar a bom porto. Eu sei que o governo vai aliviar a pressão sobre os funcionários públicos à custa do aumento do IVA e dos descontos dos trabalhadores da segurança social. Porém essa medida já deveria ter sido tomada logo no início das medidas de austeridade em 2011.

Sempre fui contra a divisão do país entre público e privado. E saliento que o aumento do IVA é para todos os portugueses. Os trabalhadores do privado terão um aumento de 2%, o que é mínimo comparado com o que foi o aumento de 20% sobre os salários reais dos funcionários públicos.

No fundo dá com uma mão e tira com a outra. Tudo ficará mais caro com o aumento do IVA, de 0,25%. Alimentação, transportes, gasolina, luz, comunicações, etc. No fundo todo o tipo de consumo.

Sempre pensei que o governo iria anunciar cortes na máquina  e nas gorduras do Estado. Mas não foi desta e nunca mais será. 

Por outro lado, estar a anunciar estas medidas que só terão efeitos práticos a partir de Janeiro de 2015 é estranho e grotesco. Nada que me espante. Temos eleições europeias a 25 de Maio e eleições legislativas em 2015 a baixa de impostos acompanha a ordem normal das coisas na politica.

JJ