Abraham Lincoln definiu democracia: «governo do povo, pelo povo, para o povo». Péricles considerado o pai da democracia no séc. V a.C., na antiga cidade de Atenas definiu democracia: «somos nós que deliberamos e decidimos de acordo com a lei em assuntos públicos».
Quem governa em Portugal? O governo português? Governa a Europa? A Alemanha? Até agora a troika? Quem será a seguir?
No fundo estas eleições europeias puseram-nos num impasse e num dilema. Em quem votar nas legislativas em 2015?
Nos últimos anos temos experimentado governos alternativos entre o PSD e PS que nos decepcionam e esvaziam a democracia de significado pois não elegemos estes governantes para fazerem o que lhes apetece.
A democracia tem inúmeros problemas com os seus vícios, para além da relação cidadãos- políticos. O anquilosamento da representação e participação política.
Há uma sensação que a democracia se está a evaporar do seu sentido e do seu significado. A forma de se praticar a democracia está em campo entrincheirado
Muitos portugueses não foram votar porque sentem que a sua capacidade de ir votar não acrescenta nada e não passa de uma mera formalidade.
O nosso governo assemelha-se a Ulisses amarrado ao mastro.
É preciso dar mais espaço ao comum dos cidadãos que queira intervir sem pertencer a nenhum partido. É preciso desbloquear esta situação, abrir os partidos aos cidadãos.
O paradoxo da nossa democracia! António Costa se fosse candidato a Primeiro- Ministro teria uma aceitação muito maior que António José Seguro, porém dentro do seu partido pode nem chegar a secretário-geral.
António Costa tem muito maior aceitação nos cidadãos portugueses do que nos cidadãos militantes-socialistas que não passam de 50.000.
Há aqui qualquer coisa que não bate certo e não está a funcionar bem!
JJ