26/05/2014

ABSTENÇÃO A GRANDE VENCEDORA das EUROPEIAS




Como era de esperar verificou-se uma fraca adesão a estas eleições. A maioria dos portugueses absteve-se de ir votar.Esta abstenção deve ser interpretada no sentido de castigar os políticos e que se retirem, que dêem lugar a outras pessoas que não estejam tão corrompidas, coniventes com o sistema, sem ideias e acomodados ao establishment.

O sistema político protege e premeia desmedidamente quem é eleito e tem um lugar público.Há montes de deputados, eurodeputados, vereadores , etc., inúteis que cumprem vários mandatos, quiçá um,  e tem acesso a regalias e influência que não pode aspirar qualquer cidadão no seu trabalho, pela sua profissão e no seu dia-a-dia.
As pessoas estão cansadas, cabisbaixas e cépticas. Já não sabem que fazer para manifestar o seu descontentamento, transmitir a sua decepção e expressar a sua absoluta rejeição com os políticos e partidos.
A abstenção andou à volta de 67%, esta indiferença , negação e "apolitismo" , deve-se segundo Michele Maffesoli  a que, «o político é o contrário da democracia» e Harold Pinter que «há uma crescente cultura da supressão da verdade».
Devemos estar todos preocupados mas os 21 deputados europeus serão na mesma eleitos e irão para Bruxelas, porém a sua legitimidade está diminuída e é mais um aviso para este sistema político, caduco, decrépito e ególatra.
Ao abster-se as pessoas estão a dizer que: estão furiosas; estão indignadas;  não confiam em nenhum político; não os querem;  não nos servem.
Uma abstenção deste calibre as eleições deveriam ser anuladas e dar-se início à mudança na lei eleitoral. Os portugueses repudiam esta forma de fazer politica em que os políticos parecem autistas e não ligam absolutamente nada ao que se passa à sua volta.
A abstenção está a dizer alto e bom som para quem queira ouvir: não gostamos desta democracia e as eleições converteram-se numa farsa.