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Daniel Braga |
Hoje
fui mais uma vez à missa. Fui reconfortar-me com Ele (às vezes é
necessário). Um passeio pela Baixa e uma ida à Capela das Almas em Santa
Catarina onde a homilia, desta vez, não foi celebrada por D. Ximenes
Belo (ausente do Porto). Durante a homilia fui reparando em alguns
pormenores: a maioria dos fiéis eram
constituídos esmagadoramente por pessoas idosas, com alguns -poucos- de
meia idade (como eu) e os jovens presentes eram quase na sua totalidade
estudantes timorenses que residem no Porto. É certo que o centro do
Porto está vazio e unicamente habitado por idosos, mas a Igreja tem que
repensar muitas das suas atitudes, se quiser voltar a ter jovens com
maior frequência e em maior número no seu seio. A começar em João Paulo
II e a continuar no atual Papa Francisco algumas portas já foram
abertas. Mas a discussão deve continuar, a Igreja deve
autopenitenciar-se e condenar-se pela ignomínia da pedofilia no seu meio
e autocriticar-se por algumas posições que nos tempos de hoje já não
têm muita razão de ser. A homossexualidade e o casamento gay, o uso do
preservativo, a adoção de crianças por casais do mesmo género, a
gravidez em mães solteiras e a possibilidade das mulheres poderem
celebrar missa são temas que devem ser abordados de forma aberta e
séria, despojando-se a Igreja dessa sua capa conservadora e retrógrada
que a nada conduz senão ao desânimo e à descrença.Além do seu papel
social que deve ser mais atuante e determinante a favor de quem mais
precisa. E este Papa, verdade se diga, começa a desbravar algum desse
caminho, renovando a esperança de que em nome de uma Igreja mais
igualitária, solidária e atenta, os jovens possam ser reconquistados
para fazer parte do seu rebanho. Caso contrário e se esse caminho não
for continuado e persistente, teremos no futuro uma Igreja definhada,
sem crença e sem jovens.