11/01/2014

O Público e a Madrinha

Pedro Liverpool
Há dias, envolvi-me nos comentários à notícia no Público on-line, do acidente de esqui de Angela Merkel. Ou melhor, tentei.
Isto, porque estes nunca foram publicados.
Quando acusei a falta de publicação, fui informado por um regular do blog que, muito assertivamente, me disse que eu “nunca o tinha mandado”.

Já tinha percebido que há uns “moderadores”, neste e noutros blogs, a impedir que a conversa se desenrole livremente.
Esses “moderadores”, assumiram uma atitude em defesa da sra. chanceler, que dava a ideia que eram empregados do Ministério dos Negócios Estrangeiros português.
Excluir o meu comentário inconveniente deu jeito pois, mesmo que eu o reenviasse, estariam 2 dias passados e ninguém já ligaria àquela notícia, por ser velha.

Houve muitas vozes no blog do Público que dispararam a toda a força contra Angela Merkel, muitas vezes sem grande lógica na crítica, mas quase unânimes no desprazer que lhes inspira a cara da chanceler.
E há muitas palavras a acrescentar a este tema, já começado aqui no Clube dos Pensadores, recentemente:
Angela Merkel (ou os alemães?), não são responsáveis pelas décadas de desfalque do erário Público e completa impunidade para crimes económicos, praticados em Portugal.
Nem ela tão pouco se deve envolver nos “assuntos internos” de outro país.

A chanceler, no final, só quer o seu (alemão) dinheiro de volta.
Acontece que há uns meses atrás, come se devem lembrar, enviei cartas para esta Sra., o FMI, o BCE e o Parlamento Europeu, informando que Portugal tem um sistema político vigente, que não combate a corrupção, o enriquecimento ilícito dos políticos ou privados, nem o branqueamento de capitais.
É ao governo português que compete combater este cancro que está a matar a nação.
No entanto, a Alemanha é uma das partes interessadas na aplicação destas medidas necessárias, mas que são de choque e esterilizantes, para a sociedade e a economia portuguesa.
Querem recuperar, em 3 ou 4 anos, o que foi esbanjado em 30, causando efeitos terríveis no país no presente e reflectindo-se negativamente, num futuro muito vasto. A presidente do FMI repetiu várias vezes que a austeridade foi aplicada em Portugal, em doses erradas. Mas ninguém as aliviou.
Estes “seres pensantes” não se importam que as causas, que levaram no passado, a esta situação em Portugal, prevaleçam no presente, e não se incomodam mesmo nada com isso.
Tendo Portugal tido um ano de 2013 excepcional em vendas de carros de luxo, para os alemães significa pagamento em cash das “bombas da estrada” que exportam para Portugal.

Isto poderá ser pago com dinheiro vadio português, que não sendo controlado, não paga impostos e é bem provável que seja ilícito, porque não deixa rasto.
Sendo todos estes organismos e figuras de Estado Internacionais sido informadas do regime de impunidade que reina em Portugal, não estão eles a ser cúmplices?
E se estamos a compreender a envergadura do problema, não será' de levar a serio, que é tempo para consertar e concertar a sociedade portuguesa?