Esta crise económica tem-nos
obrigado a cortar nos gastos, mas também a cortar nos princípios e valores.
Com esta crise a grande maioria de nós tornou-se um pouco pior: mais egoístas
e menos solidários.
Isso deve-se à falta de prosperidade e à noção que as coisas vão de mal a pior
com menos serviços sociais - reformas; saúde e segurança.
O que está subjacente a esta receita económica é péssima. Os portugueses cada
vez vivem mais tempo, porém a natalidade continua a baixar, deste modo, cada
vez há mais gente a viver do Estado e cada vez menos a pagar impostos.
No Mundo, 1% da população concentra 43% de riqueza, enquanto os restantes 50%,
apenas 2%; ou seja, 1200 pessoas possuem a riqueza de 1.658 milhões de pessoas.
Em Portugal as coisas mais dia, menos dia estarão a esse nível, mas não andarão
longe. A riqueza concentrada num número reduzido de pessoas. Os ricos cada vez
mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.
Não se pode continuar a fazer
politica lançando ricos contra pobres, velhos contra novos, doentes contra saudáveis;
funcionários públicos contra funcionários privados; patrões contra empregados;
pensionistas contra trabalhadores no activo; etc.
A política não pode ser uma questão de gerações mas uma questão de realizações.
Este ajuste económico imposto
pela troika e por culpa nossa é um martírio.
Nunca mais nos levantamos. Eu
ficaria satisfeito se conseguíssemos andar de muletas, que nos ajudasse a dar
uns passos para fugirmos da tutela da troika.
Continuamos entre a espada e
a parede.
JJ