29/10/2013

Tão Amigos Que Nós Somos!

Hercília Oliveira
O ter maus políticos que são ao mesmo tempo maus governantes, é um dos nossos grandes, senão o maior problema.
Mas o que torna este país ainda mais desgraçado, é a impunidade de que eles usufruem, mesmo quando os casos de corrupção são mais que evidentes e com provas suficientes para punição, mas que quem os pode e deve punir não os faz.
Tudo isto vem a propósito, por causa da presença de dois convidados muito especiais que estiveram presentes no lançamento do livro do "grande e famoso escritor" José Sócrates, com o título: "Esta Tortura Democrática Que Vos Deixo".
 
Estes dois convidados, Pinto Monteiro e Noronha do Nascimento, já na altura foram alvo de grandes críticas e ficaram sempre muitas dúvidas para uns, e certezas para outros, de que a destruição das famosas escutas a Sócrates deixavam um grande ponto de interrogação que causaram algumas reacções contra esta decisão.
Agora, com as suas presenças no dito lançamento, surgiram novamente nas redes sociais vários comentários que mostram que se dúvidas existiram, agora não se livram de que as pessoas acabem por dar por certo que estes dois procuradores fizeram o seu "trabalhinho".
 
Pois é..., e depois não querem que se diga o que se diz dos políticos e dos seus "amigos"!? Acham que somos assim tão estúpidos...?
Mas é isso que eles pensam mesmo..., e por isso é que não tiveram o bom senso de não estarem presentes num acontecimento onde era mais que previsível que a sua presença seria associada a este assunto, e que deixa os cidadãos cada vez mais zangados com a justiça.
Mas, claro..., os amigos têm que estar presentes nos momentos especiais, e como a reaparição do Sócrates é muito importante para ele poder vender mais umas baboseiras ao país que ele deixou em Tortura Financeira, e como os amigos são para a ocasiões..., Pinto Monteiro e Noronha do Nascimento não podiam deixar de estar presentes.
 
Os portugueses que não se deixam embalar por essas baboseiras, é que se sentem cada vez mais a viver num país onde não há ninguém com um pouco de dignidade de Estado democrático e justo onde os cidadãos estejam protegidos naquilo que de mais digno uma nação que se preze deve ter.
E foi para isto que se fez uma revolução!? Valeu a pena? Pois eu acho que não.