O governo vai de novo, cortar salários e pensões do Estado. Vai alterar tabela salarial e fazer uma única , não olhando a especificidade de funções ( professores, médicos, enfermeiros, policias , etc.) . E, convergência das regras laborais e dos sistemas de pensões do sector público e privado.
Em relação às pensões vão rever a fórmula de cálculo das pensões dos funcionários , admitidos até 31 de Agosto de 1993 . Ora aqui está um erro crasso. O que deveriam fazer já , era o cálculo das pensões pelos descontos efectivamente feitos. Muitos e muitos portugueses beneficiam de uma pensão muito superior aos descontos feitos , desta forma , cria-se uma injustiça enorme e incorrecta.
Sempre a mudar e alterar as regras do jogo. Vamos ficar um país de aposentados em antecipação , cada vez que há uma regra mais gravosa , assim foi em 20005 , 2012 e vai ser agora...
Nestes dois últimos anos, com cortes salariais e subsidio de férias e Natal os funcionários públicos contribuíram para a crise com 5.000 milhões de euros.
Este ano de 2013 vai ficar na história como mais um annus horribilis dos funcionários públicos . Para além de todas as alterações , para concluir aumenta-se a idade da reforma em 2 anos - de 65 para 67 anos.
A obsessão do controle do défice e as reformas a todo o custo meteram Portugal de cabeça na recessão
É preciso lutar contra a economia paralela ,a fraude e evasão fiscal, cortar em tudo que seja nesta altura supérfluo : Fundações , Observatórios , Empresa Públicas , Autarquias , etc., etc. Ficam-se os dedos e vão-se os anéis . Este é o caminho para salvar Portugal.
A austeridade como única receita para sair da crise responsabiliza o governo português , mas também a Europa . Estamos presos e entalados entre a dureza e arrogância de Berlim , o cinismo de Bruxelas e a impotência do governo português.
A austeridade por si só não funciona. O Japão assim como os EUA vão pôr em marcha uma politica de expansão monetária , como exemplo, que devemos seguir.
Paira em Portugal muitos fantasmas : incapacidade do governo ,a sua queda , um PR ausente, eleições antecipadas, vociferar de ex-líderes ( Mário Soares, etc.), retorno ao passado ( José Sócrates) , mas o pior de todos de uma porta aberta a uma nova ditadura.
A ausência de crescimento , sem estímulos , sem expectativa de redução do desemprego , tudo não passa de paliativos.
JJ