19/04/2013

Estive a pensar...



O Governo já percebeu ( finalmente!) que aumentar os impostos não é o mesmo que aumentar as receitas.

Em vez de ter retirado o subsídio de férias e Natal aos funcionários públicos em 2012 , tinha tirado como sugeri e muitas vozes se levantaram ,  um subsídio a todos os funcionários , quer públicos , quer privados estando no activo ou pensionistas . Tirava o subsídio de férias e pagava no mês indicado o subsídio de Natal. Estava o assunto resolvido.

O governo deve controlar a despesa , como diz Luís Valadares Tavares, pelo controle com contratos de aquisição de bens , serviços e obras. Em Portugal atingiu 17% do PIB.

Há uma parcela de despesa - Serviços e Fundos Autónomos (SFA) acima dos 10.000 milhões de euros . Se poupássemos 15% - daria 1500 milhões de euros.

Segundo Luís Valadares Tavares a despesa contratualizada em vez de ser feita em ajuste directo , fosse concorrencial , competitiva e  transparente.

A poupança nos diversos Ministérios na área da saúde , segurança social, educação , justiça e forças de segurança, etc. Está-se mesmo a ver que é para despedir pessoal , reduzir subsidio de desemprego, de doença e baixa salarial ,em vez, de procurar reduzir a despesa de outra forma. Mas isso é preciso saber e dá trabalho.

É um logro pensar-se que no Público se ganha mais do que no Privado. O salário médio Público é mais elevado  do que no Privado nas categorias menos especializadas mas é inferior nas de maior especialização e qualificação.

Os dados divulgados em Dezembro pela Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público , o emprego caiu 4,6% com a saída de mais de 28.000 trabalhadores ( muito acima do pedido pela troika 2%) , só na classe docente saíram 10.000 professores por perda de lugar, independentemente dos professores que se aposentaram.

Depois do que tenho visto, lido e ouvido pelo chumbo do TC , preferia não receber o subsidio de férias que agora mudou de nome para subsídio de Natal para o só receber em Novembro. E, em contrapartida não haver despedimentos.

Insisto na possibilidade de uma forma dos portugueses poderem ajudar Portugal e não se aumentar o desemprego. Tenho 5.000€ para emprestar ao Estado sem juros durante 5 anos. A classe média em Portugal anda à volta de 2.000.000 portugueses. 5.000€ x 2.000.000 = 10.000 milhões de euros para fazer face às necessidades. É quase 1/7 do resgate pedido à Troika ( 72.000 milhões de euros).

Evidentemente que há muitos portugueses que poderiam emprestar e ajudar Portugal , veja-se o que se passa nos EUA com a ajuda dos mais ricos , liderada por Warren Buffet . Em Portugal temos 3 pessoas nos 1000 mais ricos do Mundo ( Américo Amorim , Alexandre Soares dos Santos e Belmiro de Azevedo) .

Sinto que este governo está à nora e aos papéis e parece que não dá conta do recado.

O sentimento pelo que se passa em Portugal é o arrastar de uma situação sem solução à vista. Um imbróglio, uma trapalhada , uma confusão, uma embrulhada.

JJ